Você é realmente feliz ?


O homem e a mulher anseiam profundamente pela felicidade. Todos querem ser felizes, viver felizes e proporcionar felicidade aos outros.
Todavia, percebemos que há erros nos meios atualmente utilizados para atingi-la e, sobretudo, na própria definição de felicidade.
Se, porventura, perguntarmos a algumas pessoas na rua o que é ser feliz, alguns dirão que é ter suas necessidades materiais satisfeitas, como, por exemplo, ver os direitos previstos no art. 5º da Constituição Federal assegurados e concretizados; outros dirão que é viver em paz e com saúde, querendo referir-se à ausência de conflitos e de doenças; outros tantos identificarão a felicidade com a vivência de um relacionamento afetivo estável.
Contudo, as próprias pessoas que respondem desse modo a essa questão sabem que a consecução desses objetivos não lhes garantirá uma vida plenamente feliz.
Na verdade, sabemos que o homem e a mulher que não tiveram uma experiência com Deus e que não vivem dessa experiência diariamente são infelizes, por mais que tenham as necessidades materiais bem supridas, vivam um relacionamento afetivo estável e não enfrentem “guerras” ou doenças. Ainda experimentarão um enorme vazio em sua alma, do tamanho de Deus, como diz Santo Agostinho, e que, portanto, só pode ser preenchido por Deus.
Experimentemos olhar nos olhos de uma pessoa e perguntar sinceramente a ela: “Você é feliz ? Mas é realmente feliz ?” Nós nos surpreenderemos com a resposta, seja ela dada por pobres ou ricos, doentes ou sãos, porque a riqueza, a saúde, a ausência de conflitos ou o relacionamento afetivo não são capazes de aquietar o coração do homem e da mulher, o qual “só repousa em Deus”, como diz o sábio Santo.
Assim, muitos não sabem o que é a verdadeira felicidade, aliás, quem é a verdadeira felicidade.
E nós, que tivemos o encontro das nossas vidas, que tocamos, pela fé, o Ressuscitado que passou pela cruz, por que não anunciamos às pessoas o caminho da felicidade, a própria felicidade, Jesus Cristo ?
Não anunciamos Jesus Cristo explicitamente às pessoas porque, no fundo, não temos a plena certeza de que ele basta e é a única e verdadeira felicidade para o homem e a mulher de hoje. “Respeitamos” as escolhas individuais das pessoas, preferimos não nos “intrometermos” em suas vidas, desconfiamos se, realmente, a vida em Deus é a única vida feliz; ainda acreditamos, consciente ou inconscientemente, que ter as necessidades materiais bem supridas, viver um relacionamento afetivo estável e não ter conflitos ou doenças corresponde a sermos felizes.
Pior: quando não vemos nossas necessidades materiais atendidas, quando enfrentamos dificuldades nos nossos relacionamentos pessoais ou quando nos deparamos com conflitos ou doenças, sentenciamos logo: “Não sou feliz! Não vivo a felicidade!”
Mas, eu pergunto: alguém na face desta terra está isento de ter problemas, dores ou sofrimentos ? Alguém está imune às consequências das limitações advindas do fato de sermos criaturas e não o Criador ? Alguma pessoa, fora Nossa Senhora, está livre das consequências do pecado original, as fraquezas humanas ?
A resposta a estas perguntas é óbvia: não!
A felicidade é Jesus Cristo, Senhor e Deus!
Há mais de 3.000 anos atrás, um homem já havia descoberto o caminho da felicidade: a vida em Deus.
·      “[Deus] fez comigo aliança eterna, a ser observada com absoluta fidelidade. Minha salvação e inteira felicidade não é ele quem faz germinar ?” (II Sm 23, 5);
·      “Dizem muitos: ‘Quem nos fará ver a felicidade ?’ Fazei brilhar sobre nós, Senhor, a luz de vossa face. Pusestes em meu coração mais alegria do que quando abundam o trigo e o vinho. Apenas me deito, logo adormeço em paz, porque a segurança de meu repouso vem de vós só, Senhor.” (Sl 4, 7-9).
Este homem foi Davi, que pecou contra Deus (II Sm 11, 2-17) e se arrependeu (II Sm 12, 13), que enfrentou conflitos e guerras (II Sm 3, 1), que perdeu um filho (II Sm 12, 16-18), e que foi capaz de dizer: “Digo a Deus: Sois o meu Senhor, fora de vós não há felicidade para mim.” (Sl 15, 2).
Peçamos ao Espírito Santo que gere um novo encontro nosso com Jesus Cristo ressuscitado que passou pela cruz, que solidifique em nós a certeza de que “Cristo é a felicidade”, como já dizia a antiga canção, e que nos faça anunciar, com as nossas vidas e com palavras, Jesus ao homem e à mulher de hoje, famintos pela felicidade.
Shalom!
Álvaro Amorim.
         Consagrado na Comunidade Católica Shalom.
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3 Comentários:

Anônimo comentou:

José Ivan Bezerra
Realmente o texto está muito bem inscrito e inspirado, tanto do ponto de vista do conteúdo como da correção e da eloquência. Mas, Álvaro Amorim, eu fico imaginando que a felicidade dos grandes santos e místicos nunca é atingida por nós que vivemos no mundo secular. Sempre que procuro rezar mais um pouco, sempre aparece alguém para dizer que estou exagerando, virando algum beato ou coisa que o valha. Às vezes até parece um preconceito. Mesmo ficando um pouco abatido em não atingir essa felicidade, eu me recordo da pergunta, acho que de Pedro. "A quem iremos? só tu tens palavras de vida eterna". Parabéns e continue nos exortando para as coisas boas da vida, grande Amorim.

Helane Silva comentou:

Olá senhor Àlvaro Amorim!
Venho por meio deste comentário falar-lhe a respeito do seu programa que é de grande conhecimento para minha família.Nós aqui em casa todos os dias lhe escutamos no momento em que estamos almoçando.Meu pai, seu Sebastião Nogueira é seu grande fã e gostaria que vc mandasse um alô para ele,pois foi por meio dele que nos habituamos a sempre lhe escutar.Somos uma família unida e amamos muito a nossa santa Mãe Igreja Católica.Grande Abraço.Helane Silva.

Anônimo comentou:

Ola alvaro!
Iai meu irmao que DEUS te abençoe e te guarde e que vc possa ser sempre esse canal de graças gosto muito do programa e ele ta fazendo uma transformaçao muito grande em minha vida abraços Carlos Eduardo Shalom parquelandia...

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