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Serenidade. Por que te zangas ?

Serve para mim, pode servir para você.
"Serenidade. - Por que te zangas, se zangando-te ofendes a Deus, incomodas os outros, passas tu mesmo um mau bocado... e, por fim, tens de acalmar-te? (Caminho, 8)
Isso mesmo que disseste, dize-o noutro tom, sem ira, e ganhará força o teu raciocínio, e sobretudo não ofenderás a Deus. (Caminho, 9)
Não repreendas quando sentes a indignação pela falta cometida. - Espera pelo dia seguinte, ou mais tempo ainda. - E depois, tranquilo e com a intenção purificada, não deixes de repreender.
- Conseguirás mais com uma palavra afetuosa do que com três horas de briga. - Modera o teu gênio. (Caminho, 10)
Quando te abandonares de verdade no Senhor, aprenderás a contentar-te com o que vier, e a não perder a serenidade, se as tarefas - apesar de teres posto todo o teu empenho e utilizado os meios oportunos - não correm a teu gosto... Porque terão “corrido” como convém a Deus que corram. (Sulco, 860)
Sendo para bem do próximo, não te cales, mas fala de modo amável, sem destemperança nem irritação. (Forja, 960)". (São Josemaria Escrivá).

Deus abençoe você!
Álvaro Amorim.
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Nas citações desta obra ou de parte dela, inclua obrigatoriamente:
Autor: Álvaro Amorim, em http://anunciodaverdade.blogspot.com

O pior de todos os pecados

Se você acha que adulterar no matrimônio é o pior dos pecados, enganou-se. Se você pensa que é roubar, está longe de acertar. Se considera que é viver embriagado, aí é que está errado!
Por surpreendente que pareçam, esses tipos de pecados mais "vistosos" aos olhos humanos não chegam nem perto do pior de todos os pecados: o orgulho!
Antes de provar por que o orgulho é o pior tipo de ofensa a Deus e ao próximo, quero deixar bem claro que os exemplos citados são pecados sim, só que não alcançam a perniciosidade do orgulho, considerando-se o cometimento de plena consciência, isto é, quando o agente atua sabendo o que está fazendo.
Vejamos logo, de cara, o que diz a Palavra de Deus:
"Exterminarei o que em segredo caluniar seu próximo. Não suportarei homem arrogante e de coração orgulhoso" (Salmo 101(100), versículo 5).
"Deus resiste aos soberbos [orgulhosos], mas dá sua graça aos humildes" (Tiago 4, 6).
É óbvio que alguém que intencionalmente rouba, que sabe que é errado e continua a roubar até o fim da vida, sem arrependimento nenhum, provavelmente não encontrará graça diante de Deus. Não que o Senhor não seja sempre misericordioso. Não! O que há não é um defeito na misericórdia divina, mas sim uma contumácia (teimosia), insistência do homem em permanecer sempre no erro, no pecado. Como Deus criou o homem com o livre-arbítrio, ele respeita a decisão de cada um, pois, se não a respeitasse, verdadeiramente não amaria o homem, pois faria dele uma marionete, conduzindo-o "à força" para o bem, o que é, em si, uma contradição, e contradição não há em Deus.
Ocorre que, se esse ladrão que, por exemplo, roubou fortunas, arrepender-se de verdade, no mesmo instante, Deus já o perdoou e lhe garantiu o Céu, pleno, cheio de graça, o mesmo estado de graça no qual se encontram todos os santos, como São Francisco de Assis, só para citar um.
"Ah, Álvaro, não é possível! Você quer dizer que alguém que fez o mal a vida toda e se arrependeu (vá lá que seja de verdade!) tem a possibilidade de usufruir o Céu como qualquer santo ?!"
A esta pergunta que poderia ser feita por alguém, deixo simplesmente Jesus responder:
"Um dos malfeitores, ali crucificados, blasfemava contra ele: 'Se és o Cristo, salva-te a ti mesmo e salva-nos a nós!' Mas o outro o repreendeu: 'Nem sequer temes a Deus, tu que sofres no mesmo suplício ? Para nós isto é justo: recebemos o que mereceram os nossos crimes, mas este não fez mal algum.' E acrescentou: 'Jesus, lembra-te de mim, quando tiveres entrado no teu Reino!' Jesus respondeu-lhe: 'Em verdade te digo: hoje estarás comigo no paraíso'." (Lucas 23, 39-43).
Não seria necessário escrever mais nada, mas vamos lá, ver a maldição do orgulho!
Nesta minha caminhada, desde o meu primeiro encontro com Cristo, nos dias 19 e 20 de agosto de 2000, deparei-me com situações marcantes, relativas ao que escrevo agora:
Vi pessoas participantes de grupos de oração ou de comunidades sofrerem perseguições, injúrias, maledicências, desprezo, rejeição, desamor porque cometeram os ditos "pecados vistosos", aqueles citados no primeiro parágrafo deste texto, por exemplo. E toda essa repulsa anti-evangélica, na maioria das vezes, partiu de pessoas tidas como "santas, justas, consagradas!"
Fico imaginando se Jesus faria o mesmo.
Como foi que Jesus agiu com a mulher descoberta em adultério (João 8, 1-11) ? Ele jogou pedra ? Ele achou justo que os outros a apedrejassem ? Não! Sabiamente, ele a livrou da morte, da ira dos tidos como "justos"! Aliás, mandou que eles olhassem para si mesmos e vissem que também eram pecadores, já que o orgulho daqueles algozes os impedia de se considerarem como tais.
Aí está o orgulho: Não se vê o "tamanho" do próprio pecado, mas se considera "imenso" o do outro! Nada mais enganador! Nada mais diabólico!
Por isto é que "Deus resiste aos soberbos [orgulhosos], mas dá sua graça aos humildes" (Tiago 4, 6). O orgulhoso não permite que a graça de Deus o alcance, e Deus respeita essa decisão. O pecador humilde arrasta para si toda a misericórdia divina, que "alveja" sua alma, que o santifica.
Veja o exemplo que Jesus usou para mostrar como é a misericórdia divina: Lucas 15, 11-24 (A Parábola do Filho Pródigo).
Bastou o filho que havia abandonado a Casa do Pai arrepender-se e começar a voltar para o Pai, que este, "movido de compaixão, correu-lhe ao encontro, lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou" (Lucas 15, 20).
Pergunta: O Pai disse ao filho, ainda ao longe, alguma das frases abaixo ?
"Eh, rapaz, quero ver se você muda mesmo! Torrou parte da minha fortuna e agora vem de cara lisa ?" Ou então: "Eh, sujeito, vai pra roça, trabalhar com os servos, antes de eu pensar em deixar você entrar em casa de novo!" Ou ainda (pelo menos!): "Olha, tudo bem, mas vá tomar um bom banho porque esse fedor de porcos tá demais!" 
Foi assim que o Pai fez ? Foi esse tipo de condição que o Pai impôs para acolher o Filho ?
De jeito nenhum!
O filho estava "podre de fedor", não só porque estava trabalhando com porcos e disputando na lama as bolotas que jogavam a esses animais, mas sobretudo pelo seu pecado.
Mas o Pai não quis nem saber: "movido de compaixão, correu-lhe ao encontro, lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou" (Lucas 15, 20).
Na verdade, o Pai nem respondeu ao que o filho tinha decorado para dizer ("Meu Pai, pequei contra o céu e contra ti [...]"). Foi logo se voltando aos servos e mandando que eles vestissem o filho e preparassem um banquete. Sabe por quê ? Porque ao Pai, a Deus, que é a misericórdia em pessoa, não interessam as justificativas, as explicações. Ele quer seu filho: eu e você, pecadores que se reconhecem pecadores, que não barram a graça do perdão, da misericórdia, do amor, com o maldito orgulho!
Pecadores sim, mas que confiam na misericórdia de Deus porque já experimentaram de verdade este Amor, porque já viram bem fundo naqueles belos olhos de ternura o aconchego do perdão!
Que belos olhos de amor tem Jesus!
Como é triste ver irmãos em Cristo afastarem-se de outros que não participam mais do grupo de oração.
Lembro-me do que disse um padre de uma Nova Comunidade numa pregação: "No quadrante seguinte, nem aparecem mais os nomes daqueles que saíram do grupo, mas estes nomes deveriam estar no topo da primeira folha do quadrante, pois são os que deveriam ser mais lembrados".
Como não combina nem um pouco com o Evangelho achar orgulhosamente que estando no grupo ou na comunidade, garantida está a "santidade", e que aos "de fora" resta a impiedade!
Tenho visto tanta gente trilhando o caminho da santidade sem estar em grupo ou comunidade!
Por exemplo: Uma mãe de família que era bem farristazinha quando solteira e que hoje, casada, com filhos, suporta no Amor os desafios de ter um marido imaturo, que gosta de beber de vez em quando, o qual não partilha de modo justo o fardo do lar! Essa jovem mãe é paciente, não tem ataques histéricos, não vive murmurando, nem colocando o marido "na parede" para ele agir de outro modo. Sabe o que ela faz ? Vive o Evangelho: simplesmente ama! E muita gente não acreditava que ela seria assim quando casou grávida. Mas, como diz a Palavra: "O Espírito sopra onde quer" (João 3, 8), e não somente nos grupos de oração ou comunidades.
Que lição de amor para o orgulhoso!
Uma vez ouvi de um fundador de uma Nova Comunidade, numa pregação para seus membros: "Vocês não deveriam se escandalizar com os pecados que alguns membros da comunidade cometem. Deveriam se escandalizar é com a falta de misericórdia que vocês têm com esses irmãos!"
Deus abençoe você!
Álvaro Amorim.

Imagem: http://pt.wikipedia.org/wiki/Parábola_do_Filho_Pródigo
Nas citações desta obra ou de parte dela, inclua obrigatoriamente: 
Autor: Álvaro Amorim, em http://anunciodaverdade.blogspot.com

O mundo precisa de Pai

Nunca foi tão necessária a presença do pai na família como hoje em dia.
Cheguei a esta conclusão após ver rapazes, meninos totalmente dependentes, sem autonomia, carentes, fracos de personalidade, incapazes de tomar decisões, de assumir responsabilidades, como, por exemplo, de abraçar a vocação ao matrimônio, de acolher e educar filhos, enfim, de serem aquilo para o qual Deus os criou: homens.
É bastante clássica aquela incompleta formação familiar: mãe, avó, duas tias e um menino. Pobre menino sem pai! A família está cheia de gente, mas incompleta, pois falta alguém essencial.
É óbvio que, em caso de morte do pai, não se pode exigir nada.
Todavia, refiro-me à tão comum situação de ausência voluntária do pai.
São realidades em que o homem separa-se da família, por exemplo. Sim, nunca um homem consegue separar-se somente da mulher. Quando a deixa, deixa também os filhos e os outros familiares. Mesmo tentando ser presente, indo buscar no colégio, saindo para almoçar, convivendo no fim-de-semana, não é a mesma coisa. É bem diferente de dormir sob o mesmo teto, de acordar juntos, de estar sempre por perto.
Rompem-se vínculos nunca restauráveis enquanto perdurar a separação. É inevitável.
Há também os casos de "presença ausente". São as situações em que o pai mora com a família, está ali todo dia, mas não participa, não interfere no processo formativo-educativo familiar. Prefere ocupar-se de atividades que não requerem tanto esforço, paciência, que necessitam de um desinstalar-se de si mesmo, de sair do seu comodismo, da sua preguiça.
Falo do pai que deixa tudo a cargo da mãe, das tias, dos outros. Não conversa com os filhos, não "se mete" em nada. Faz as compras, paga as contas, e só!
Não sabe o que os filhos fazem ou deixam de fazer, não para diante deles. Aliás, nem olha direito para eles e para a mulher.
Na maioria dos casos, passa a vida no "templo" do bar, cultuando o deus "alcoolismo", vivendo na "comunidade dos ociosos, dos irresponsáveis", daqueles que só sabem fugir. Diante de qualquer problema ou contrariedade, foge, foge, foge das responsabilidades.
É fraco, nada decide, passa o tempo sendo levado pelos instintos, "joguete das ondas" (cf. Ef 4, 14).
O que isto gera nos filhos ?
Não sou psicólogo (na minha família, quem é psicóloga é minha irmã Isabelle), mas nessas "andanças", antes de conhecer Jesus, vi muita menina que se jogou no sexo desenfreado, bem nova mesmo, para suprir a carência do pai. Procurou em outros homens a figura paterna. Algumas até me confidenciavam isto: "Fui pra farra depois que meu pai se separou da gente!"
No menino, a ausência paterna gera, desculpe a forte expressão: um inútil!
Sim, quantos meninos viram rapazes, homens incapazes de assumir grandes responsabilidades!
Então esse rapaz casa, e a mulher fica "louca", queixando-se para todo mundo: "Ah, meu Deus, se não for eu dentro daquela casa! O fulano não faz nada, tudo sou eu que tenho que tomar a iniciativa, que tenho que resolver as coisas, que tenho que empurrá-lo sempre. Até para chamar um garçom num restaurante, sou eu. Quando a gente vai fechar um negócio, se eu não perguntar nada para o vendedor, se eu não pechinchar (pedir desconto), a gente compra caro, mas ele não tem coragem de abrir a boca! Que homem passivo!"
É verdade! É a triste verdade!
A ausência do pai e a super-presença da mãe geraram esse pobre inútil. Ele foi acostumado a ver a mãe, que é mulher, resolvendo tudo, tomando a iniciativa, e onde estava o homem (pai) para resolver ? Não estava!
Não tem jeito ? Claro que tem jeito, sim!
Primeiramente, esse homem deve buscar o auto-conhecimento, e admitir quem ele é. Não adianta disfarçar, como, por exemplo, um homem que eu conheço que diz não ter participado do processo formativo-educativo dos filhos porque viajava muito a trabalho. Sim, mas quando retornava, mesmo que fosse só por um dia na semana, ficava com os filhos, educava-os, amava-os ? Não, ia para o bar! Passava o tempo livre embriagado. Será que foi ausente da vida familiar pelas viagens mesmo ?
A questão não é a quantidade, é a qualidade.
Tenho uma prima que casou com um oficial da Marinha que passava meses no mar. Quando ele voltava para casa, era todo das duas filhas e da mulher. Hoje as filhas desse casal são pessoas muito equilibradas, casadas, com filhos, profissionais, responsáveis, não foram sexualmente promíscuas, não têm vícios. Por quê ? O pai foi efetivamente presente, mesmo tendo o desafio das viagens a serviço. Viveu com qualidade os períodos em que estava com a família.
Em segundo lugar: o que fazer quando se percebe assim ? Basta se perceber e pronto ?
Eu pergunto: alguém consegue mudar-se sozinho ? Quantos bons propósitos eu e você fizemos na vida que não deram em nada ? Sabe por quê ? Para algo tão grande, tão forte, tão enraizado como essa "cultura da inutilidade", só algo maior, mais forte para vencê-la.
E quem é maior que o homem ? Deus, só Deus!
Portanto, contando com a graça de Deus, que sempre está disponível, pois Deus é sempre amor (cf. I Jo 4, 8), esse homem pode deixar transformar-se, passando a ser um homem de verdade, aquilo para o qual Deus o criou, deixando de ser ausente da vida dos seus, passando a ser um homem de Deus: "Se alguém não cuida dos seus, e sobretudo dos da própria casa, renegou a fé e é pior do que um incrédulo (I Tm 5, 8).
E no que a mulher pode ajudar nesse processo ?
Minha irmã, deixe que ele faça, que ele tome a iniciativa, que ele aja como homem, mesmo que, no início, seja um fiasco, um "desastre"!
Certa vez, uma mulher, chorando, me disse que seu marido não trocava nem o botijão de gás da cozinha. Era ela quem fazia.
Eu disse para ela: "Minha irmã, da próxima vez que o gás acabar, você não vai trocá-lo", ao que ela retrucou: "Mas, Álvaro, nós vamos ficar sem almoço!"
Eu, então, lhe disse: "Não tem problema! Você aproveita e perde aqueles 2 quilinhos que você quer perder!" (Toda mulher acha que precisa perder esses 2 benditos quilinhos, meu Deus!).
Ela sorriu e foi para casa.
Algum tempo depois, quando eu estava dando uma formação, vi aquela mulher lá atrás, sentada.
No final, ela me procurou e disse: "Álvaro, o fulano, está mudando! Eu não só deixei de trocar o gás, mas de colocar combustível no carro, de escolher a roupa que ele veste, de chamar o garçom no restaurante... No início, ele estranhou, perguntou se eu não ia fazer isso ou aquilo, eu disse que não, e ele começou a tomar a iniciativa. Hoje já faz um bocado de coisa sem esperar por mim! Parece que um peso saiu das minhas costas!"
Viu, minha irmã, que o seu excessivo voluntarismo faz mal não somente ao seu marido, porque o impede de viver o plano de Deus para ele, mas porque também é um peso que você não é chamada a carregar ? Não é sua missão! Não que você vá ser uma pessoa passiva, não! Você é chamada a participar de tudo, não a assumir tudo sozinha! É bem diferente!
Por fim, tenho visto casais sendo transformados, e Deus ordenando, colocando cada coisa em seu devido lugar, cada um na sua bela e insubstituível missão, complementando-se, sendo verdadeiramente cônjuges ("con" + "jugo"): dividindo o mesmo jugo, que se torna, assim, com a graça de Deus, suave para ambos!
Sabe como isto tem acontecido ? Nas maravilhosas experiências dos encontros com Jesus Cristo pela efusão do Espírito Santo, os chamados Seminários de Vida no Espírito Santo para Casais.
Se você sente no coração que é hora de ter a sua vida e a de seu cônjuge transformada pelo Amor de Deus, procure, na sua cidade, uma comunidade da Renovação Carismática Católica e faça esse encontro transformador para as famílias.
O Amor de Deus esteja com você!
Álvaro Amorim.
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Nas citações desta obra ou de parte dela, inclua obrigatoriamente:
 Autor: Álvaro Amorim, em http://anunciodaverdade.blogspot.com

O Caminho de Deus é o teu lugar

Uma das canções que mais tocam meu coração é aquela do Walmir Alencar, que diz: "O Caminho de Deus é o teu lugar". Noutra estrofe, a letra diz: "Não importa se tu és pecador", e repete a frase dita acima. Realmente, a misericórdia de Deus supera tudo: vai além dos nossos pecados, da nossa incapacidade de nos vermos como Deus nos vê e do cruel rigor com que não nos perdoamos, por vezes durante longo período, quando Deus já nos perdoou há muito tempo!
Creio que aquele que faz do Caminho de Deus o seu lugar consegue, inobstante as quedas, crescer, amadurecer, ver-se um pouco mais como Deus o vê: com Amor, só Amor, nada além do Amor!
Aliás, esta é a essência de Deus. Portanto, ele não poderia nos ver de modo diferente: "Deus é amor" (I Jo 4, 8).
Meu querido irmão, minha querida irmã, se você hoje não se perdoou, saiba: "Onde você vê uma falta a condenar e a punir, Deus vê uma miséria a socorrer"(1). Ainda que você mesmo(a) diga que não tem mais jeito, saiba: "o Caminho de Deus é o seu lugar".
E qual é o "Caminho de Deus" ? Quem é o "Caminho, a Verdade e a Vida" (Jo 14, 6) ?
Pois é: Seu lugar é no Caminho, em Jesus Cristo, no Sagrado Coração traspassado de amor por mim e por você! Entre agora, pela fé, nesse Coração Santo e repouse todo o seu ser no infinito Mar da Misericórdia!
Shalom! Álvaro Amorim. Consagrado na Comunidade Católica Shalom.

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(1) Autor desconhecido.

A cura do alcoolismo

Chega ao fim hoje a série de posts sobre o alcoolismo, com a quarta pregação da série: Alcoolismo - parte 4.
Se você deseja ouvir a terceira parte da pregação sobre o alcoolismo, clique aqui: Alcoolismo - parte 3.
Se você quer ouvir a segunda parte, clique aqui para ouvir a pregação Alcoolismo - parte 2.
Se você não ouviu a primeira parte, clique aqui para ouvir a pregação Alcoolismo - parte 1.
Shalom! Álvaro Amorim. Consagrado na Comunidade Católica Shalom.
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Alcoolismo tem cura ?


Hoje você ouve a terceira parte da pregação sobre o alcoolismo. Para ouvir esta terceira parte, clique aqui: Alcoolismo - parte 3.
Se você não ouviu a primeira parte, clique aqui para ouvir a pregação Alcoolismo - parte 1.
Se você quiser ouvir a segunda parte, clique aqui para ouvir a pregação Alcoolismo - parte 2.
Shalom! Álvaro Amorim. Consagrado na Comunidade Católica Shalom.
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Como saber se sou alcoólatra ?

Hoje você ouve a segunda parte da pregação sobre o alcoolismo.
Se você não ouviu a primeira parte, clique aqui para ouvir a pregação Alcoolismo - parte 1.
Agora, a pregação de hoje: Alcoolismo - parte 2.
Shalom! Álvaro Amorim. Consagrado na Comunidade Católica Shalom.
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Alcoolismo: quais as causas ?

Você tem tido problemas quando ingere bebidas alcoólicas ? Algum familiar seu é alcoólatra ? Quais as causas do alcoolismo ? Há cura ? O que fazer quando se está sofrendo muito ?
Para ajudar você nessa caminhada, começa hoje uma série de quatro pregações sobre este tema, tão atual, tão desafiante!
Shalom! Álvaro Amorim. Consagrado na Comunidade Católica Shalom.
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Shalom para sempre!

24 de agosto de 2010: um dia histórico para a Comunidade Católica Shalom! Na Festa de São Bartolomeu, "um israelita de verdade, um homem sem falsidade" (Jo 1, 47), nosso Fundador, Moysés Azevedo, diante da Igreja, na pessoa de nosso Arcebispo, D. José Antônio, e diante da Comunidade, fez suas promessas definitivas na Comunidade Católica Shalom e professou os votos perpétuos no celibato pelo Reino dos Céus.
O que isto representa ? Qual o significado disto ? O que isto tem a ver com a minha vida e a sua ?
Quero me fixar em duas palavras: "definitivas" (as promessas) e "perpétuos" (os votos).
Para este mundo em que o efêmero, aquilo que passa, o transitório quer ter ares de eterno, as promessas definitivas do Moysés a Deus no carisma Shalom sinalizam muito, de forma clara e profética.
É uma mentira tratar o transitório como se eterno fosse! E é uma mentira mortal! Veja, por exemplo, o drogadicto, que busca fazer do momento transitório de uma dose algo com tons de "para sempre". O que acontece ? Sabemos muito bem: como a dose é passageira mesmo, o usuário precisará de mais doses, em intervalos cada vez menores, para tentar saciar temporariamente sua adicção. Resultado: vício total, escravidão, morte!
Prometer, diante de Deus e dos homens, viver definitivamente um chamado do próprio Deus, uma Vocação, liberta o homem de todo apego ao transitório, que tenta escravizá-lo, e lança-o no Eterno, o único que sacia o desejo mais profundo do seu coração!
Desejar viver os votos da pobreza, obediência e castidade perpetuamente, no sim de cada dia, permite que o próprio Deus configure o homem, criado à sua imagem e semelhança, em Jesus Cristo, santifique-o, isto é, faça-o plenamente feliz!
Este sim do Moysés a Deus representa muito! Aponta para aquilo que nosso coração deseja de verdade: o Absoluto, o Eterno, Deus! É, portanto, uma bela profecia, porque nos recorda que, vivendo nesta terra, devemos olhar para o Céu, nossa Pátria definitiva, perpétua!

Shalom para sempre!
Álvaro Amorim.
Consagrado na Comunidade Católica Shalom.

Lectio divina: Não julgueis, e não sereis julgados


     No Evangelho de hoje, Jesus é muito claro quanto aos julgamentos entre irmãos.
     Diz o Senhor em Mt 7, 1-5:
     “Não julgueis, e não sereis julgados. Porque do mesmo modo que julgardes, sereis também vós julgados e, com a medida com que tiverdes medido, também vós sereis medidos. Por que olhas a palha que está no olho do teu irmão e não vês a trave que está no teu ? Como ousas dizer a teu irmão: Deixa-me tirar a palha do teu olho, quando tens uma trave no teu ? Hipócrita! Tira primeiro a trave de teu olho e assim verás para tirar a palha do olho do teu irmão.”
     O que vemos no texto ? Jesus ordena que não julguemos nossos irmãos para não sermos julgados da mesma forma por Deus. Aliás, Jesus mostra que o critério de julgamento com que julgamos nossos irmãos será tomado como medida no nosso julgamento por Deus, que é justo.
     Então, somos nós que determinamos o rigor do nosso julgamento: se somos implacáveis com nossos irmãos, é justo que o Senhor aplique este critério no nosso julgamento particular. Se somos misericordiosos com nossos irmãos, é justo também que o Senhor o seja conosco.
     Mas Deus não é sempre misericordioso ? Sim, ele é. Ele é misericordioso e justo. Não nos esqueçamos de que a misericórdia divina não despreza a justiça, pois, se assim o fosse, Deus não seria Deus, porque seria injusto.
     Outro aspecto interessante deste texto é termos a consciência de que só podemos ajudar bem nossos irmãos (“tirar a palha do seu olho”) se, antes, nos deixarmos corrigir por Deus (“tirar a trave do nosso olho”).
     Na verdade, é o orgulho que nos leva a achar que nosso irmão está sempre errado e que sempre temos a razão. O orgulho nos conduz também a não vermos o tremendo erro, o engano em que vivemos.
     Somente um coração humilde enxerga o engano em que vive, deixa-se converter para, aí sim, ajudar o irmão em seu processo de conversão.
     Peçamos, então, a Jesus seu coração, manso e humilde.
     Oremos: Senhor, eu não quero mais julgar as pessoas, meus irmãos, minhas irmãs. Ajuda-me, Senhor, a começar a viver esta obra de humildade no meu relacionamento com a minha esposa (o meu esposo). Não quero julgá-la(o)! Dá-me o teu coração humilde, Jesus, para eu não julgar meus colegas de trabalho, meus familiares, meus irmãos de comunidade.
     Liberta-me, Senhor, de todo orgulho. Dá-me um coração livre, despojado de achismos, opiniões, imaginações, julgamentos. Enche o meu coração com o teu amor, Senhor, com a tua misericórdia! Amém!
     Shalom!
     Álvaro Amorim.
     Consagrado na Comunidade Católica Shalom.
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O Espaço da Misericórdia no Halleluya

     Um dos presentes de Deus no Halleluya é o Espaço da Misericórdia. 
    Neste local, de forma toda especial, a misericórdia de Deus tem sido derramada abundantemente.
     O Espaço da Misericórdia, local do Halleluya onde as pessoas recebem oração e aconselhamento, é visitado por uma verdadeira multidão a cada dia do evento. São jovens, casais, pessoas que necessitam de oração, de uma palavra da parte de Deus, de Esperança! O próprio Jesus Eucarístico encontra-se lá, durante todo o tempo em que o local fica aberto (aproximadamente das 17h às 5h).
     Em algumas edições do Halleluya, fui enviado para servir no Espaço da Misericórdia e posso testemunhar a salvação ocorrida na vida de todos aqueles que por ali passaram.
     Acompanhei jovens que chegaram a mim pensando em tirar a própria vida, mas que, pela graça de Deus, tiveram um encontro pessoal com Jesus Cristo e passaram a amar sua vida como dom maravilhoso de Deus. Orei também por casais. Recordo-me de um em especial. O marido me procurou no Espaço da Misericórdia e disse-me que ele e sua mulher iriam se separar naquela noite, que não suportavam mais olhar um para o outro. Não sabiam nem por qual motivo tinham ido ao Halleluya, mas estavam decididos a separarem-se. Chamei os dois, orei por eles, e o Senhor agiu! Eles se reconciliaram, abraçaram-se, choraram muito e, no dia seguinte, estavam lá, curtindo os shows abraçados, namorando! Que graça de Deus! Que salvação!
     Curas, milagres, libertações, salvações têm sido operadas pelo Senhor no Halleluya, e o Espaço da Misericórdia é o coração dessa obra de amor de Deus!
     Neste ano, testemunharemos, com toda a certeza de fé, o Senhor derramando a força que faz viver sobre todos aqueles que estarão no Halleluya 2010, "porque o Senhor é bom, sua misericórdia é eterna e sua fidelidade se estende de geração em geração" (Sl 100(99), 5).
     Shalom!
     Álvaro Amorim.
     Consagrado na Comunidade Católica Shalom.
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Imagem: Sabryna Amorim e Daniela Sindeaux (da direita para a esquerda)
 aconselhando uma jovem no Espaço da Misericórdia do Halleluya 2009.

Dor e sofrimento humanos

     Nesta série de posts sobre Bioética, abordo algo tão misterioso, como desafiante para cada um de nós: a dor e o sofrimento.

Meu testemunho: Depressão, um novo olhar sobre esta vivência

Álvaro Amorim

Desafiante doença, crise momentânea ou sintoma comum desses "tempos neuróticos", a depressão tem alcançado mais e mais pessoas, abalando famílias, desestruturando homens e mulheres de todos os níveis econômicos e culturais.

Quem já vivenciou uma depressão sabe que há momentos em que se prefere a morte à vida, ou se deseja nem ter nascido, nem existir, desaparecer! O desespero faz parte dessa dolorosa realidade. É sintomático.

Todavia, para o processo de recuperação, importa não se acusar. Deus também não acusa a pessoa com depressão. Ao contrário, ele não cobra que ela aja, faça ou realize algo. Ele não se comporta como um exigente chefe no trabalho, nem como um ríspido diretor! Não! Ele é nosso amado Pai! Ele acolhe a pessoa que passa por essa dor e a ama.

Foi este Amor que me tirou da escuridão do meu quarto, onde eu passava horas, dias! Foi o Senhor que me fez procurar ajuda, a ajuda dele que vem pelas mãos de seus filhos, meus irmãos. Assim, comecei a viver realidades que hoje são fundamentais na minha vida: uma terapia com uma psicóloga cristã, o encontro diário com Deus, indo constantemente para diante do Santíssimo Sacramento do Altar, e o acolhimento da passagem de Mt 6, 34, como direção diária para a minha vida: "A cada dia basta o seu cuidado."

Como é impressionante a força salvadora que vem de Jesus eucarístico! No início nem percebi nada, mas depois...

Deus foi além: eu percebi que, durante o meu processo depressivo, nas poucas vezes que conseguia sair de casa, buscava no consumismo satisfações que eu não tinha interiormente. Jesus, então, levou-me a me satisfazer, a me realizar dele mesmo: Eucaristia diária!

A tempestade passou!

Hoje vivo o matrimônio, algo que antes eu considerava impossível de um dia viver, por causa da minha realidade na época. Abracei também uma consagração de vida a Deus no carisma Shalom.
Profissionalmente, exerço a advocacia e o trabalho na Rádio Shalom 690 AM, onde apresento o Programa Anúncio da Verdade, de segunda a sexta, das 13h às 14h.

Que Deus maravilhoso, que vai além no Amor!

Problemas ? Como qualquer pessoa, sempre os terei. Mas hoje tenho Deus no coração, na minha vida. O Senhor me fez dar novo sentido à minha vida! Sou feliz!

Para você que vive hoje essa realidade da depressão, saiba: o mesmo Jesus que me ergueu quer e já começa a fazer isto na sua vida agora, porque ele toca seu coração neste momento! Só tenho assim uma única coisa a lhe dizer: Vá para Deus agora! Ele espera você!

Shalom!

Álvaro Amorim.

Consagrado na Comunidade Católica Shalom.

O relativismo

     Encerrando esta série de artigos intitulada “o crepúsculo dos valores”, falo agora da doutrina-mãe de todas essas falsas doutrinas vistas nesta série: o relativismo.

O consumismo

     Nesta série de artigos intitulada o crepúsculo dos valores, veremos agora o consumismo.

O sensualismo

     Este é o antepenúltimo artigo da série o crepúsculo dos valores e aborda algo que separa o homem e a mulher de Deus: o sensualismo, uma deformação da vivência da sexualidade humana.
     Como forma de comportamento, o sensualismo expressa uma grande preocupação com o corpo e sua capacidade de sedução; com a carne, como diz São Paulo, em várias cartas.
     O Papa João Paulo II, no texto “Vida segundo a carne e justificação em Cristo”, de 1980, dizia:
     “O homem que vive ‘segundo a carne’ é o homem disposto somente àquilo que vem ‘do mundo’: é o homem dos ‘sentidos’, o homem da tríplice concupiscência”, o prazer, o poder e o possuir.
     É triste vermos como o sensualismo, como a doutrina das sensações invadiu o coração do homem de hoje.
     A vida espiritual é tida, muitas vezes, como uma ilusão; só o que importa para esse homem é a vida da carne: é ter prazeres, possuir muitos bens e ter poder sobre os outros. Parece que a vida eterna é aqui, agora.
     Na verdade, o sensualismo despreza a eternidade, prega o que diziam os antigos romanos: “Comamos e bebamos, pois amanhã morreremos!”
     É fundamental que não nos esqueçamos que somos estrangeiros nesta terra, que nossa pátria é o Céu, como diz a canção do Missionário Shalom:
     “Sou estrangeiro aqui, o Céu é o meu lugar
     É de onde vim, é pra onde vou, é lá onde eu vou morar.”
     Amanhã, o penúltimo artigo da série: o consumismo.
     Shalom!
     Álvaro Amorim.
     Consagrado na Comunidade Católica Shalom.

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O individualismo

     Nesta série de posts sobre o crepúsculo dos valores, veremos hoje algo muito presente no homem e na mulher pós-modernos: o individualismo.
     Esta doutrina opõe-se a toda forma de autoridade: Para os seus adeptos, o indivíduo e sua opinião devem ser preponderantes.
     Claramente se vê que muitas pessoas, mesmo sem darem nome a este tipo de comportamento, vivem de forma individualista; jamais vivem para o outro, mas para si mesmas, buscando apenas seus próprios interesses.
     É o oposto do que diz a Emmir Nogueira, em seu artigo “O segredo do KMK”:
     “Colocar-se ‘em comunhão’, dar-se em todas as dimensões do seu ser, sua história, sua vida, seu saber é, na verdade, o sinal de conversão completa e profunda.”
     Somente uma pessoa que faz comunhão de si mesma e de todas as suas realidades de vida é feliz. O fechamento em si mesma gera infelicidade.
     No nosso ministério, não experimentamos uma profunda e verdadeira alegria quando servimos, mesmo se não temos todas as condições favoráveis para o serviço ?
     Qual foi o ministro de cura que não se alegrou ao ver alguém ser curado por Jesus, mediante sua oração ? Mas se ele se fechasse em si mesmo, se se preocupasse consigo mesmo, não poderia ver essa maravilha.
     O individualismo, ao pregar que o indivíduo deve se preocupar consigo mesmo, o que lhe daria felicidade, erra gravemente, pois sabemos que somos felizes à medida em que nos deixamos configurar em Cristo, o servo de todos, aquele que veio para servir e não para ser servido.
     Como é belo ouvir a oração do Moysés Azevedo, sua oração de doação total de si a Deus e aos outros: “Senhor, a ti, tudo o que sou, tudo o que tenho...”
     No nosso ministério, na nossa família, no nosso trabalho, no nosso matrimônio, fazemos dessa oração uma realidade de vida ou a nossa vida é só para nós, para o nosso bem-estar, para a nossa satisfação pessoal ?
     Na nossa família, nós nos doamos àqueles que precisam de nós, às vezes até para serem apenas escutados ?
     No nosso trabalho, nós doamos nossa vida ajudando nossos colegas ou só fazemos as nossas obrigações profissionais ?
     E o mais importante: doamos nossa vida evangelizando as pessoas ou só evangelizamos quando exercemos nosso ministério na Obra Shalom, por exemplo ?
     Peçamos a Jesus, que doou toda a sua vida por cada um de nós, que inflame o nosso coração de parresia para a evangelização, para a doação de nossa vida a Deus e aos outros, para assim sermos felizes!
     Próximo artigo: o sensualismo.
     Shalom!
     Álvaro Amorim.
     Consagrado na Comunidade Católica Shalom.

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O psicologismo moral

     Dando prosseguimento à série sobre o crepúsculo dos valores, veremos o psicologismo moral.
     “Psicologismo é tudo o que é moldado e reduzido a pensamentos nossos ou a sentimentos nossos; tudo o que é apenas pensamento ou sentimento, imagem, pertence a uma realidade puramente psicologista.” (Passos, n° 85, agosto de 2007, Revista Internacional de Comunhão e Libertação).
     O psicologismo moral pretende estabelecer os valores morais a partir dos sentimentos das pessoas. O que seria moralmente aceitável é o que o meu “eu” assim determina.
     Mais uma vez, percebe-se a centralização do homem em si mesmo e não em Cristo.
     Com certeza, esta doutrina é de cunho narcisista: o ser humano, através do espelho do orgulho, olha somente para si, “endeusa-se”, vive a auto-idolatria.
     É importante ressaltar que o psicologismo moral (falsa doutrina que prega que os valores morais dependem do meu “eu” e não de Cristo) nada tem a ver com a Psicologia, ciência que, quando usada para o bem, respeitando a dignidade da pessoa humana criada à imagem e semelhança de Deus, é algo bom.
     No próximo post: o individualismo.
     Shalom!
     Álvaro Amorim.
     Consagrado na Comunidade Católica Shalom.

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O biologismo e o evolucionismo moral

     Como você sabe, esta é uma série de artigos sobre o crepúsculo dos valores.
     Este artigo aborda o biologismo e o evolucionismo moral.
     Estas correntes de pensamento entendem que a moral é estruturada por critérios meramente biológicos e evolucionistas.
     Por exemplo: para seus seguidores, a eutanásia deveria ser permitida se a vida não é mais biologicamente viável, ou seja, poder-se-ia matar um ser humano se ele não apresenta mais condições biológicas de sobrevivência por muito tempo.
     Outros seguidores destas doutrinas aprovam o aborto de fetos que possuem doenças graves, os quais seriam “inviáveis” do ponto de vista de uma vida saudável.
     Estes pensamentos lembram muito a Alemanha nazista, que pregava a supremacia de uma etnia humana sobre as outras e o extermínio dos judeus, considerados inferiores biológica e evolucionalmente.
     Sabemos que tudo isso afronta gravemente a moral cristã, o Evangelho, o próprio Jesus Cristo, que defendeu sempre a vida, que não fez distinção de pessoas, que veio para todos, para que todos tivessem vida, e vida em abundância.
     O evolucionismo, muitas vezes, é bastante defendido por alguns professores de História e de Biologia nas escolas, que vão formando a consciência dos jovens de forma anticristã.
     Sugiro que esses jovens que enfrentam esses verdadeiros bombardeios na escola e na Faculdade leiam textos publicados no Portal Shalom, como os seguintes:
     É muito importante também que, para o exercício do nosso ministério, principalmente, os de Primeiro Anúncio, conheçamos o que dizem essas doutrinas falsas, contrárias ao Evangelho, e saibamos como desmenti-las.
     No próximo post, falarei sobre o psicologismo moral.
     Shalom!
     Álvaro Amorim.
     Consagrado na Comunidade Católica Shalom.

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Alcoolismo tem cura ?


Concluindo (por enquanto!) esta série de artigos sobre o alcoolismo, abordo agora a questão da cura desta doença.

Há, com certeza, muitas opiniões controversas no que diz respeito à cura da adicção de álcool. Algumas pessoas afirmam que, por se tratar de uma doença não somente do corpo, mas sobretudo da alma, ela não seria curável, mas estabilizável. Outras dizem que sim, que há cura para o alcoolismo, basta ter fé e suplicá-la a Deus.

Antes, porém, de adentrar nesta questão propriamente dita, quero analisar um aspecto do agir de Deus, de como ele dispôs todas as coisas, tudo aquilo que ele criou.

Gostaria de lhe convidar a fazer agora uma experiência muito simples, mas que revela um aspecto da sabedoria divina. Por favor, pegue uma caneta agora. Erga-a sobre a mesa onde está apoiado o computador (ou sobre uma superfície qualquer). Suspenda esta caneta no ar, segurando-a com sua mão. Agora, solte a caneta. O que aconteceu ? Mesmo sem ver sua experiência (e a de nenhum leitor deste artigo, é óbvio!), a caneta caiu sobre a mesa! O que isto diz ? Isto nos mostra que, movida pela força da gravidade, a caneta caiu. Simples assim!

Mas e em relação a Deus, o que este evento da Física nos diz ? Isto nos diz que Deus, que criou tudo o que há,  que criou o que é espiritual e o que é material ("Deus criou os céus e a terra", Gn 1, 1), que criou inclusive todas as leis da matéria, na enorme maioria das vezes, "gosta" de respeitar as leis que criou.  Deus não fica intervindo a toda hora na lei da gravidade (criada por ele), para fazer com que várias canetas no mundo inteiro não caiam ao serem erguidas e soltas no ar sobre uma mesa! Por isto, excetuando-se algum milagre que houve entre os milhões de experimentos com uma caneta solta sobre uma mesa, a caneta vai sempre cair, não vai ficar suspensa sozinha no ar!

Com isto, não digo que Deus não intervém nas leis da natureza, criadas por ele. Não! Apenas digo que, observando como Deus age em relação a elas, vejo que ele intervém apenas excepcionalmente. Ele "gosta" de agir assim! Aliás, não nos esqueçamos de que, por ser uma intervenção sobrenatural de Deus na vida de alguém ou na natureza, o milagre é um sinal excepcional que aponta para a Verdade, que mostra que Deus é Deus, que confirma a Revelação Divina, que é plena em Jesus Cristo. Mas a nossa fé não deve se mover apenas porque vimos milagres. "Cremos por causa da autoridade de Deus que revela e que não pode nem enganar-se nem enganar-nos. (...) Os milagres de Cristo e dos santos, as profecias, a propagação e a santidade da Igreja, sua fecundidade e estabilidade constituem sinais certíssimos da Revelação, adaptados à inteligência de todos, 'motivos de  credibilidade' que mostram que o assentimento da fé não é de modo algum um movimento cego do espírito" (Catecismo da Igreja Católica, parágrafo 156). Assim, os milagres, como vemos no Evangelho, sinalizam a Revelação, dão testemunho da Verdade. Todavia, a Verdade não precisa, a cada momento, de um sinal para ser acolhida. Mais uma vez: "Cremos por causa da autoridade de Deus que revela" (Catecismo, 156).

Deste modo, não digo que Deus não possa operar um milagre num doente alcoólico! Não! Deus é Deus e, por isto, é plenamente livre, como ele mesmo diz: "Dou a minha graça a quem quero, e uso de misericórdia com quem me apraz" (Ex 33, 19). Ele pode, pelos méritos de Jesus Cristo, inclusive pela intercessão de um santo, de Maria Santíssima ou até pela nossa pobre intercessão, fazer um milagre e libertar alguém da doença do alcoolismo. Conheço, inclusive, uma mulher que recebeu esse milagre de Deus. Só conheço essa pessoa, e ninguém mais!

Assim, na enorme maioria das vezes, Deus operará a libertação de alguém em relação ao alcoolismo dando-lhe a graça de evitar o primeiro gole. Desta maneira, a pessoa passa a conviver com a doença dia a dia, evitando o primeiro gole, abstendo-se de álcool, renunciando, por amor, a ingestão de qualquer bebida alcoólica, porque, portadora de uma adicção grave, sabe que, uma vez recaindo no consumo do álcool, afasta-se da graça de Deus, e todo o inferno volta!

É bom que se diga também que Deus não criou uma "lei da doença do alcoolismo"! Sabemos que a morte e todas as doenças entraram no mundo, na humanidade, porque o homem e a mulher afastaram-se de Deus, que é a Vida. E quem se afasta da Vida chega à morte e a todos os seus desdobramentos, conforme nos diz a Carta aos Romanos: "Por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim a morte passou a todo o gênero humano, porque todos pecaram" (Rm 5, 12). Mas sabemos também que Jesus nos salvou: "Fomos, pois, sepultados com ele na sua morte pelo batismo para que, como Cristo ressurgiu dos mortos pela glória do Pai, assim nós também vivamos uma vida nova" (Rm 6, 4).

Um gigante na evangelização já experimentou este tipo de libertação que se dá pelo acolhimento diário da graça de Deus, uma constante reescolha do Amor: "Foi-me dado um espinho na carne, um anjo de Satanás para me esbofetear e me livrar do perigo da vaidade. Três vezes roguei ao Senhor que o apartasse de mim. Mas ele me disse: Basta-te minha graça, porque é na fraqueza que se revela totalmente a minha força" (II Cor 12, 7-9).

Nem eu nem você podemos afirmar com certeza que espinho na carne São Paulo tinha. Não podemos dizer categoricamente o que o feria tanto que o fez rogar a Deus três vezes para libertá-lo. Mas Deus, como disse o próprio Apóstolo, não retirou esse espinho na carne. Deu-lhe mais, deu-lhe tudo: sua graça para conviver com esse espinho na carne!

Para o doente alcoólico, este espinho na carne, este anjo de Satanás que o esbofeteia, livrando-o do perigo da vaidade, do orgulho de achar que pode viver sem Deus, é o alcoolismo. Esbofeteia-o, coloca-o no chão, na lama, porque a doença, antes de matar, desconfigura o ser humano! Mas, milhões de doentes alcoólicos no mundo inteiro têm acolhido a graça da sobriedade a cada dia, a cada 24 horas. Têm experimentado o poder de Deus, a força de Deus, na sua carne, na sua fraqueza mais profunda, que é o alcoolismo. Têm convivido com este espinho na carne, o qual atrai toda a misericórdia de Deus, que basta!

É assim que Deus tem operado maravilhosas libertações por meio da irmandade de Alcoólicos Anônimos. Libertações de ingerir álcool a cada 24 horas, dando a graça a muita gente de, durante aquelas 24 horas, não ingerir o primeiro gole. Amanhã ? Bem, o amanhã, como tudo mais, pertence a Deus! Hoje, basta a graça de Deus!

Shalom!

Álvaro Amorim.

Consagrado na Comunidade Católica Shalom.

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