Nesta série de posts sobre o crepúsculo dos valores, veremos hoje algo muito presente no homem e na mulher pós-modernos: o individualismo.
Esta doutrina opõe-se a toda forma de autoridade: Para os seus adeptos, o indivíduo e sua opinião devem ser preponderantes.
Claramente se vê que muitas pessoas, mesmo sem darem nome a este tipo de comportamento, vivem de forma individualista; jamais vivem para o outro, mas para si mesmas, buscando apenas seus próprios interesses.
É o oposto do que diz a Emmir Nogueira, em seu artigo “O segredo do KMK”:
“Colocar-se ‘em comunhão’, dar-se em todas as dimensões do seu ser, sua história, sua vida, seu saber é, na verdade, o sinal de conversão completa e profunda.”
Somente uma pessoa que faz comunhão de si mesma e de todas as suas realidades de vida é feliz. O fechamento em si mesma gera infelicidade.
No nosso ministério, não experimentamos uma profunda e verdadeira alegria quando servimos, mesmo se não temos todas as condições favoráveis para o serviço ?
Qual foi o ministro de cura que não se alegrou ao ver alguém ser curado por Jesus, mediante sua oração ? Mas se ele se fechasse em si mesmo, se se preocupasse consigo mesmo, não poderia ver essa maravilha.
O individualismo, ao pregar que o indivíduo deve se preocupar consigo mesmo, o que lhe daria felicidade, erra gravemente, pois sabemos que somos felizes à medida em que nos deixamos configurar em Cristo, o servo de todos, aquele que veio para servir e não para ser servido.
Como é belo ouvir a oração do Moysés Azevedo, sua oração de doação total de si a Deus e aos outros: “Senhor, a ti, tudo o que sou, tudo o que tenho...”
No nosso ministério, na nossa família, no nosso trabalho, no nosso matrimônio, fazemos dessa oração uma realidade de vida ou a nossa vida é só para nós, para o nosso bem-estar, para a nossa satisfação pessoal ?
Na nossa família, nós nos doamos àqueles que precisam de nós, às vezes até para serem apenas escutados ?
No nosso trabalho, nós doamos nossa vida ajudando nossos colegas ou só fazemos as nossas obrigações profissionais ?
E o mais importante: doamos nossa vida evangelizando as pessoas ou só evangelizamos quando exercemos nosso ministério na Obra Shalom, por exemplo ?
Peçamos a Jesus, que doou toda a sua vida por cada um de nós, que inflame o nosso coração de parresia para a evangelização, para a doação de nossa vida a Deus e aos outros, para assim sermos felizes!
Próximo artigo: o sensualismo.
Shalom!
Álvaro Amorim.
Consagrado na Comunidade Católica Shalom.
Imagem: http://www.sxc.hu/photo/867275
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