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Como passei no Concurso do TJ estudando após o edital (2ª parte)


Como eu disse na primeira parte deste artigo, eu precisava “operar” para Deus “cooperar”.
Sim, isto é muito importante: “A fé sem obras é morta” (Tiago 2, 26). Não adiantaria nada eu ter muita fé e ficar inerte, parado, sem estudar. A pedagogia de Deus é muito clara: ele age a partir da nossa ação. Ele quer assim. Deus detesta a preguiça. Por isto, no estudo para o Tribunal de Justiça do Ceará, pautei-me por uma sábia frase de Santo Inácio de Loyola, santo jesuíta como o nosso Papa Francisco: “Temos que fazer tudo como se tudo dependesse de nós, sabendo que tudo depende de Deus”.
Por isto, é essencial ter um método de estudo, um caminho para chegar de modo seguro ao objetivo.
Sei que todos temos características distintas, maneiras diferentes de aprender, mas gostaria de desmitificar algumas “tolices” (tirar o mito) que vi em fóruns de bate-papo sobre concursos ou mesmo em opiniões de alguns “cientistas” dos estudos.
Digo isso muito tranquilamente, pois o meu método serviu muito bem para mim. Não posso me esquecer de que, com a graça de Deus, fui aprovado dentro das 72 vagas, tendo estudado somente após o edital (81 dias de estudo), num concurso cujo número de inscritos foi de 27.005. Portanto, o método que Deus me inspirou foi bastante eficaz, o qual exponho agora, mediante a indicação de 7 coisas que fiz e 7 coisas que não se deve fazer, segundo o que penso:
O QUE FIZ
O QUE NÃO SE DEVE FAZER
Estudar doutrina: É um mito, uma mentira dizer que não se deve estudar doutrina. Fui educado lendo livros, fazendo resumos e explicando para mim mesmo o que estudei. Isto foi essencial para Direito Administrativo, pavor de muita gente em concurso. O livro do Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo foi fundamental para a minha aprovação. Mas não só: Nas outras matérias específicas, a doutrina me deu a “lógica” para acertar questões difíceis.
Assistir às aulas de Informática, do João Antônio (EVP): Para mim, foi perda de tempo. Ele “enrola” muito: dos 30 minutos de aula, passa os últimos 5 pedindo para todo mundo apoiar o “site” dele, não é objetivo e ainda explicou errado uma questão sobre vírus (keyloggers), induzindo-me ao erro. Muito melhor é só resolver questões, não adianta estudar de outra forma, pois não dá para adivinhar o que vai ser cobrado em Informática.
Resolver questões: Realmente, além da doutrina, a resolução de questões é vital! Isto deixa o candidato familiarizado até com a linguagem das questões da prova. Mas, no meu caso, sempre procurava ler a doutrina sobre os temas que mais errava na resolução de questões, para entender mesmo.
Estudar quando se está com sono: Não adianta forçar o corpo, ele tem um limite físico, natural. Quando tinha sono, dormia mesmo. Não forçava. Repelia a ideia de que estava perdendo tempo e, quando acordava, rendia muito mais. Por isso, à noite, estudava das 18h30 às 23h30. Não estudava de madrugada, jamais! Contudo, nos fins-de-semana e feriados, estudava cerca de 12 horas por dia.
Estudar nos fins-de-semana e feriados: Como tive 81 dias de estudo para o concurso, não pude reservar um dia sequer de folga, pois precisava cumprir pelo menos 80% do programa para passar, o que realmente fiz. Dos 20% que não estudei, caiu muito pouco na prova, como Processo de Execução (só 1 questão em Processual Civil).   
Aulas em cursinho: Aqui é muito pessoal. Penso que se perde muito fazendo cursinho: No mínimo 1 hora de deslocamento (ida e volta), além das “piadinhas” tolas de muitos professores, dos comentários sobre o jogo do domingo etc. Respeito quem goste, mas, para mim, é mito! Tendo um bom material de estudo e sendo disciplinado, rende-se muito mais em casa, trancado no quarto de estudo.
Estudar de acordo com o peso das matérias: Nas duas últimas semanas, só estudei as matérias de peso 3 e abandonei as de peso 1. Foi a melhor coisa que eu fiz! Assim, fechei Constitucional e Processual Penal, metade dos pontos das matérias de peso 3.
Pensar muito na concorrência: Isto foi decisivo para mim! Concorrência é mito! Além de ter tido muita fé em Deus, que prometera a minha vaga e cumpriu mesmo, procurei repelir o pensamento no número de inscritos (27.005). Quando vinha a tentação, falava para mim mesmo: “Seremos eu, Deus e a prova, ninguém mais!”
Conversar com a família e explicar a necessidade da ausência durante a preparação para o concurso: Fundamental! Eu, minha esposa e minha filha (na época com 2 anos) conversamos e decidimos juntos que eu me ausentaria da convivência familiar temporariamente em vistas de um bem maior. Isto evitou discussões e incompreensões. Ao contrário, tive todo o apoio das duas, que hoje louvam a Deus comigo pela minha aprovação. É claro que a “Pequenininha” às vezes não compreendia muito, mas minha esposa sempre contornava a situação.
Estudar por resumos: Outro mito! Mais uma vez: respeito opiniões diversas, mas sinceramente, se vou ler doutrina, prefiro uma doutrina boa de verdade, com qualidade, densa, profunda! Acho perda de tempo ler resumos. É preferível escolher um capítulo importante de uma matéria peso 3 e estudá-lo. Fiz assim com “Princípios da Administração Pública” e acertei todas as questões sobre esta matéria na prova.
Estudar a todo tempo: Até no banheiro, lia as leis no celular. Não se pode perder tempo quando se estuda só depois do edital.
Estudar em grupo: Para mim, não dá mesmo! Respeito quem pensa diferente, mas vejo que o estudo deve ser individual e que, diante de dúvidas, o candidato tem todos os meios, sobretudo a Internet, para compreender a matéria.
Estudar no dia da prova: Outro mito que derrubei com a minha experiência pessoal. Como minha prova foi à tarde, estudei a manhã inteira, até a hora do almoço. Acertei 2 questões na prova com este estudo. Existem “cientistas” dos estudos que não recomendam, pois o candidato pode ficar tenso, nervoso! Olha, se a pessoa está tensa, não é por causa do estudo, é por outro fator, o qual deve ser identificado e posto sob a luz de Deus, que dissipa todas as trevas. Pode ser por baixa autoestima, por achar que não tem condições pessoais para passar. O que isto tem a ver com o estudo ? Nada! Neste caso, é orar, ver-se como filho de Deus e entregar esse medo ao Coração de Jesus, lugar da misericórdia, e estudar mesmo! Deus quer que tenhamos coragem, que enfrentemos nossos medos!
Ler livros de autoajuda: Muita gente tem ganhado muito dinheiro com isto! Para mim, esses livros são mitos! O autoconhecimento é muito melhor! A partir de uma experiência verdadeira com Deus, o candidato deve se observar, procurando identificar suas características fortes e as fracas para o estudo. Com coragem, deve perguntar a Deus: “Senhor, como posso melhorar neste aspecto ?” Tenha certeza de que Deus falará à sua consciência, e você corrigirá a tempo alguma fraqueza, transformando-a em força para o concurso. Procedi assim com Direito Processual Penal, que odiava. Deus retirou do meu coração a rejeição à matéria, mostrando-me que há uma certa “lógica” no tema: Acertei todas as questões de Processual Penal da prova.
  
Deus abençoe você!
Álvaro Amorim.
P.S.: No dia 9 de janeiro de 2015, uma sexta-feira, dia sempre votivo ao Sagrado Coração de Jesus, portanto 10 meses e 21 dias após o início do meu estudo para este concurso (19/2/2014), tomei posse e comecei a exercer o cargo.

Imagem: http://www.freeimages.com/photo/1275249.
Nas citações desta obra ou de parte dela, inclua obrigatoriamente:
Autor: Álvaro Amorim, em http://anunciodaverdade.blogspot.com

Como passei no Concurso do TJ estudando após o edital (1ª parte)

"Deus coopera em tudo para o bem daqueles que o amam, daqueles que são chamados segundo o seu desígnio" (Rm 8, 28).
Cada vez mais constato que esta palavra tem sido o lema da minha vida.
Assim foi também no Concurso do Tribunal de Justiça.
Na verdade, posso tranquilamente afirmar que a cooperação de Deus neste caso foi algo bastante extraordinário, o que eu tenho chamado de “milagre”.
Isto porque havia aproximadamente 7 (sete) anos que eu não estudava para concurso. Estava parado mesmo, só trabalhando e me dedicando à família, realidade de muitos que agora leem este artigo. Mas nunca deixei morrer o desejo de ingressar no serviço público, minha vocação profissional. Só não dava passos nesta direção, isto é, não “operava”, para Deus “cooperar”.
Até que veio um “empurrãozinho” divino.
Era o dia 17 de fevereiro deste ano de 2014, uma segunda-feira. Navegando em um “site” de um jornal, vi a notícia de que o Tribunal de Justiça do Ceará lançara o edital para a realização de concurso público para cargos de servidor. Imediatamente, senti um impulso na minha alma, no meu coração, e disse a mim mesmo: Vou fazer este concurso, agora é a minha vez. Eu vou passar!
Nesse dia 17 e no dia 18, li o edital, delimitei as matérias, organizei o material e elaborei o meu horário de estudo (noutro post, falarei mais sobre meu método de estudo), e no dia 19 de fevereiro de 2014, uma quarta-feira, iniciei a minha preparação para o Concurso do Tribunal de Justiça. Deste dia até a data da prova (11 de maio de 2014), foram precisamente 81 dias.
Como, a meu ver, o normal era que eu não passasse (pouquíssimo tempo de estudo, 7 anos sem estudar para concurso, a concorrência com certeza seria grande etc.), decidi não viver esse momento apenas naturalmente, mas sobrenaturalmente.
Fiz alguns valorosos amigos evangélicos e ateus no meu último trabalho, pessoas de boa vontade, que amam a Deus amando o próximo, por isto respeito sua opinião acerca do que vou falar agora, mas eu mesmo sou testemunha disto: Supliquei, em vistas da realidade da minha família naquele momento, que Nossa Senhora de Fátima intercedesse junto ao Coração de Jesus para que eu passasse, e atribuo minha aprovação a uma intervenção divina, a pedido de Nossa Senhora.
Orava também pedindo que caísse na prova o que eu tinha estudado e que, diante de questões cuja matéria não estudei, eu conseguisse, pela lógica, acertar.
Tudo isso foi necessário e decisivo, haja vista a concorrência para o meu cargo: 27.005 candidatos para 80 vagas (sendo 8 vagas para pessoas com deficiência). Isto mesmo: 337,56 candidatos por vaga! E não se pode esquecer: apenas 81 dias de estudo!
Percebi muitos sinais de que Deus tinha guardado a minha vaga no decorrer desse tempo.
Ao estudar, não tinha praticamente dúvidas, assimilava tudo, parecia que eu vinha estudando há muito tempo, inclusive matérias que só estudei na faculdade (há bastante tempo atrás), como Direito Processual Penal.
Outra coisa: em nenhum momento eu admitia a possibilidade de não passar, nem falava nisso. A fé tomou todo o meu coração.
Deus também se valeu de algumas pessoas nessa empreitada, sobretudo da família.
Era “visível” a presença dele em cada momento.
Até nos momentos mais desafiantes, mais dolorosos, o Senhor estava comigo. Lembro-me de como eu sofria quando, trancado no quarto de estudo, à noite, minha filha de 2 anos “escrevia” (fazia aqueles belos risquinhos) num pedaço de papel e colocava por debaixo da porta, dizendo: “Um cartão pra você, papai!” Aquilo dilacerava minha alma: não poder brincar com minha filha, não conviver com ela por várias noites e fins-de-semana e vê-la, dessa maneira, pedir a minha presença! Só o Coração de Jesus, com a intercessão da Mãe Santíssima, me fazia suportar esse desafio imenso!
E foi precisamente este “serzinho” puro, inocente, cheio do amor de Deus que o Senhor utilizou para consolidar a minha fé na reta final dos estudos e assim partir para a vitória! Isto ocorreu durante a oração semanal da minha família (eu, minha esposa e minha filha), na semana da prova.
Em determinado momento da oração, minha esposa pediu que nossa filha lhe entregasse a Bíblia. Quando minha filha pegou a Palavra de Deus, abriu-se na passagem que diz: “Quando saíres para guerrear contra teus inimigos, se vires cavalos e um povo mais numeroso do que tu, não fiques com medo, pois contigo está o Senhor teu Deus, que te fez subir da terra do Egito” (Dt 20, 1).
Não deu para aguentar: Chorei como um menino! Era a confirmação de que o Senhor estava sim comigo, para que eu enfrentasse um “povo mais numeroso” (27.004 candidatos), com muitos cavalos (maior e melhor preparação).
Oramos muito naquela noite, e parti para a prova como um guerreiro ungido pelo Senhor!
No dia da prova, um domingo da vitória de Cristo sobre a morte, entreguei ao Senhor, pelas mãos de minha mãe Nossa Senhora de Fátima, a resolução de cada questão. E lá na prova, sentado, antes de o fiscal autorizar o início, conversava com Deus, sem saber que o maior presente ainda me seria dado pelo Senhor: Quando o fiscal autorizou, e eu abri a prova, fui logo ver o tema da prova discursiva (redação), que valia 40 dos 220 pontos da prova, decisiva para a aprovação de qualquer candidato.
Lembra-se do lema da minha vida ?
"Deus coopera em tudo para o bem daqueles que o amam, daqueles que são chamados segundo o seu desígnio" (Rm 8, 28). E o Senhor mais uma vez cooperou para o meu bem!
O tema da redação foi “tipos de licitação”, meu trabalho todo santo dia! Nem estudei esse tema, pois sei essa matéria por trabalhar com ela diariamente. Contive o choro e disse: Foi você, Nossa Senhora, que pediu ao Coração de Jesus! Obrigado, Mãezinha!
Quando saiu o resultado, me tranquei no quarto de estudo e coloquei, numa tabela que tinha feito antes, as notas de todos os candidatos, para calcular as médias e classificar da maior para a menor. Feito isto, lá estava meu nome dentro das vagas! Meu Deus, 27.005 candidatos para somente 80 vagas! Que milagre, Senhor! Corri para debaixo do quadro do Coração de Jesus, que está há várias gerações na minha família, e chorei muito! Minha esposa e minha filha, ao ouvirem meu choro, juntaram-se a mim num louvor, num agradecimento a Deus que brotou do mais profundo do nosso coração! Naquela noite, fomos dormir 1h da madrugada.
É, meu irmão, minha irmã, viver com Deus é a melhor coisa da vida! Tudo ganha sentido!
Mais uma vez, agradeço a você, Nossa Senhora de Fátima, e a você, Sagrado Coração de Jesus, por amor tão grande a mim e à minha família! E afirmo, porque sou testemunha viva:
"Deus coopera em tudo para o bem daqueles que o amam, daqueles que são chamados segundo o seu desígnio" (Rm 8, 28).
Deus abençoe você!
Álvaro Amorim.
P.S.: No dia 9 de janeiro de 2015, uma sexta-feira, dia sempre votivo ao Sagrado Coração de Jesus, portanto 10 meses e 21 dias após o início do meu estudo para este concurso (19/2/2014), tomei posse e comecei a exercer o cargo.

Imagem: http://www.tjce.jus.br/principal/default.asp
Nas citações desta obra ou de parte dela, inclua obrigatoriamente:
Autor: Álvaro Amorim, em http://anunciodaverdade.blogspot.com

Papa Francisco fala sobre temas polêmicos

Você quer saber o que pensa o Papa Francisco sobre temas polêmicos ?
Clique aqui e assista à entrevista que ele concedeu ao repórter Gerson Camarotti, da Globo News.
Deus abençoe você! Álvaro Amorim.
Imagem: http://www.blogdoconsa.com/2013/04/a-gargalhada-do-papa.html. 
Nas citações desta obra ou de parte dela, inclua obrigatoriamente: Autor: Álvaro Amorim, em http://anunciodaverdade.blogspot.com

Ser pai segundo o Coração do Bom Pastor

Nestes primeiros dias de vida da minha filha Clara, tenho percebido como sou chamado a ser pai segundo o Coração de Jesus, o Bom Pastor.
Por que é necessária esta configuração do pai-de-família a Jesus, o Bom Pastor ?
Como Jesus pastoreou suas ovelhas, seus discípulos ?
Jesus apenas falava, dava formações orais, dizia o que devia ser feito, assumindo assim uma postura afastada, distante da vida de cada discípulo, ou formava cada discípulo trazendo-o para perto de si, vivendo junto com ele, convivendo ?
O Evangelho nos responde estes questionamentos:
"Jesus andava pelas cidades e aldeias anunciando a boa nova do Reino de Deus. Os Doze estavam com ele, como também algumas mulheres que tinham sido livradas de espíritos malignos e curadas de enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual tinham saído sete demônios; Joana, mulher de Cuza, procurador de Herodes; Susana e muitas outras" (Lc 8, 1-3). "Seguia-o uma grande multidão, porque via os milagres que fazia em benefício dos enfermos. Jesus subiu a um monte e ali se sentou com seus discípulos" (Jo 6, 2-3). "Chegando Jesus àquele lugar e levantando os olhos, viu-o e disse-lhe: 'Zaqueu, desce depressa, porque é preciso que eu fique hoje em tua casa'." (Lc 19, 5). (Grifamos).
Este é o verdadeiro pastoreio, a verdadeira paternidade: conviver, entrar na vida, sem medo de se comprometer, de acompanhar, de viver junto, de mostrar-se e de olhar o outro, como Jesus fez.
Isto não se aplica apenas aos pais-de-família, mas a qualquer pessoa que exerça autoridade espiritual em relação a outra.
A autoridade, seja pastor de grupo de oração, formador pessoal ou comunitário, coordenador, ou designada por qualquer outra forma, não deve ter medo de gente, não deve formar somente dizendo a regra que deve ser cumprida, mas deve viver junto, conviver, participar da vida do outro, acompanhar de perto.
Isto é ser pastor, é deixar-se configurar a Jesus, o Bom Pastor. Este é o chamado do pai-de-família: conviver mesmo com seus filhos, não somente prescrever-lhes normas a serem cumpridas. Este é o chamado daquelas autoridades que foram constituídas por Jesus para pastorearem as ovelhas do Senhor, seja qual for a instância de pastoreio.
Shalom! Álvaro Amorim. Consagrado na Comunidade Católica Shalom.
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Imagem: Eu e a Clara.

A Clara nasceu!

Queridos e queridas! Aleluia!
Nossa filha Clara Pinheiro Amorim nasceu nesta segunda-feira, dia 6 de junho de 2011, às 20:37h, com 51cm e 3,555kg. Ela é linda, bela!
Para mim e para a Sabryna, mais uma promessa de Deus cumpriu-se, porque Deus é fiel!

Louvamos ao Senhor Jesus pelo dom da vida da Clara, por ela ser saudável, linda, fofa, toda nossa, toda de Deus!
Durante o parto, ao qual assisti, fiz como fizeram minha mãe, Elanir Amorim, comigo, e meu avô Claudino Amorim com a mamãe: eu consagrei a Clara ao Sagrado Coração de Jesus, pela intercessão de Maria Santíssima.
Louvamos a Deus também pela oração e torcida de vocês!
Foi uma verdadeira epifania (manifestação de Deus) nas nossas vidas!
Por isto, digo com toda a certeza do meu coração: Vale a pena viver o matrimônio em Deus, vivendo cada desafio, cada renúncia, cada alegria, cada vitória, esperando no Senhor, sempre! Vale a pena abrir-se à Vida, sem medo de gerar filhos. Eis aqui a prova de que "Deus coopera em tudo para o bem daqueles que o amam" (Rm 8, 28).
Deus, que nos faz plenamente felizes, faça-os felizes também!
Shalom! Álvaro, Sabryna e Clara Amorim.
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Imagem: Eu, a Sabryna e a Clara no Centro Cirúrgico.

Como viver bem o matrimônio (parte III)

Este post é o terceiro e último de uma série de três que contém pregações minhas sobre o matrimônio.
Para você que não ouviu a primeira e a segunda parte,
Shalom! Álvaro Amorim. Consagrado na Comunidade Católica Shalom.
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Imagem: Meu beijo na Clara, pelo ventre da minha esposa.

Como viver bem o matrimônio (parte II)

Este post é o segundo de uma série de três que contém pregações minhas sobre o matrimônio.
Se você não ouviu a primeira parte,
Shalom! Álvaro Amorim. Consagrado na Comunidade Católica Shalom.

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Imagem: Da esquerda para a direita: casal Breno e Daniela Sindeaux,
celibatário Cassiano Azevedo e casal Sabryna e Álvaro Amorim.

Como viver bem o matrimônio (parte I)

Este post é o primeiro de uma série de três que contém pregações minhas sobre o matrimônio.
Quem é casado(a) sabe o quão belo e desafiante é viver, a cada dia, o matrimônio.
Que Jesus Cristo, o ressuscitado que passou pela cruz, salve o seu matrimônio, meu querido irmão, minha querida irmã!
Shalom! Álvaro Amorim. Consagrado na Comunidade Católica Shalom.
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Imagem: A mais bela foto da celebração do meu matrimônio com a Sabryna.

Nova missão!

Meu querido irmão, minha querida irmã,
É uma grande alegria escrever para você novamente, agora num tempo todo especial da minha vida!
Deus me fez pai, uma graça imensurável, transformadora, vivificante! Vivendo esta graça, acolhi o chamado do Senhor para continuar a escrever artigos de formação cristã.
Contudo, Deus, que me fala muito através do meu viver diário, quer que eu escreva sobre a família e o trabalho, realidades mediante as quais o Espírito Santo nos santifica a cada dia, pois são vivências tão belas que podem e devem tornar-se maravilhosas oportunidades de encontro com Jesus diariamente.
Serão artigos com poucos parágrafos, mas, com a graça de Deus, intensos, verdadeiros, que falam da vida, que tocam os belos mistérios da família e do trabalho.
Conto com suas orações e com a intercessão de São Josemaria Escrivá para levar adiante esta nova missão, para, junto com você, vivê-la!
Shalom! Álvaro Amorim. Consagrado na Comunidade Católica Shalom.
Imagem: Eu e a Sabryna depois de um dia de trabalho.

Meu Padroeiro de Comunidade de Aliança Shalom

Há momentos da nossa vida em que Deus nos dá um amigo para algo decisivo. A influência desse amigo é tão importante para nossas escolhas, que ele acaba ficando para sempre em nosso coração. Assim aconteceu comigo.
Há algum tempo atrás, iniciei, juntamente com meu formador pessoal (diretor espiritual na Comunidade Católica Shalom), um discernimento na dimensão profissional da minha vida. Pelo fato de eu ser comunidade de aliança, esta dimensão faz parte da própria essência da minha vocação. Estar no mundo, trabalhar nele pelo Reino de Deus, ganhar o justo salário (cf. Lc 10, 7), procurar ser "sal da terra e luz do mundo" (cf. Mt 5, 13-14) dizem respeito à identidade da minha vocação, do chamado que Deus me fez e continua a fazer, para que eu seja plenamente feliz: seja santo!
Neste discernimento, o próprio Senhor fez cair por terra algumas mentalidades, a fim de que eu assumisse sua vontade na minha vida, sem medo, sem sentimento de culpa, de forma plenamente livre.
No meu caso, ainda povoavam meu coração algumas mentalidades maléficas ao ser comunidade de aliança. Como exemplo, posso citar as seguintes:
1) Achar que ganhar dinheiro não é muito "de Deus", que o trabalho é um mal necessário, que buscar receber salário seria um interesse mesquinho.
2) Considerar que não pode haver santidade no mundo do trabalho. O trabalho, para mim, era um tempo de muito "sacrifício"; "o bom" era só rezar, passar o tempo todo só rezando!
3) Achar que trabalho e oração estão definitivamente separados, que seria impossível conciliá-los, que só encontraria Deus nos "momentos de oração".
4) Considerar as pessoas chamadas por Deus a viverem como comunidade de vida as mais propensas à santidade e aquelas que estão no mundo, no trabalho, em meio à sua família biológica, não muito "vocacionadas" a serem santas.
5) Achar que a única forma das pessoas que trabalham no mundo serem santas seria, cada vez mais, renunciarem seu tempo de trabalho, nos negócios, seus momentos com a família biológica, com os amigos, para viverem bem "parecidas" com as pessoas de chamado diferente, mesmo que aquelas realidades (trabalho, família, amigos) ficassem seriamente comprometidas.
Bendito seja Deus que me libertou dessas erradas mentalidades!
Foi um processo dolorosíssimo, mas salvífico!
O Senhor foi me mostrando que tudo depende do chamado que ele nos faz. Temos que ir à raiz para descobrir como o Senhor nos convida a viver. Uma forma não se opõe à outra. Não existe uma certa e outra errada! Através das duas formas, o Senhor chama à santidade.
Contudo, eu sozinho, mesmo com a ajuda orante do meu formador pessoal, não teria conseguido assumir o novo de Deus na dimensão profissional da minha vida. Precisaria de alguém que está mais próximo de Jesus, para interceder fortemente por mim junto a ele, de modo que eu abraçasse a vontade de Deus, meu paraíso, na minha vida!
Esta pessoa pediu tanto por mim, orou tanto por mim junto a Jesus, que se tornou definitivamente meu amigo. E, pelo fato desta pessoa ter intercedido pela dimensão profissional da minha vida, inerente ao ser comunidade de aliança, eu a considero meu patrono de Comunidade de Aliança Shalom.
Eu falo do meu grande amigo São Josemaria Escrivá.
Este amigo de Deus (santo) foi canonizado pelo Servo de Deus o Papa João Paulo II no dia 6 de outubro de 2002. Naquela data, na missa de canonização de São Josemaria Escrivá, o Papa João Paulo II disse: "Seguindo as suas pegadas, difundam na sociedade, sem distinção de raça, classe, cultura ou idade, a consciência de que todos estamos chamados à santidade".
Sim, TODOS! É chamado à santidade o padre! É chamada à santidade a pessoa que vive como comunidade de vida! É chamado à santidade o dono de restaurante! É chamado à santidade o garçom! É chamado à santidade o advogado! É chamado à santidade o comerciante! É chamado à santidade o vendedor! É chamada à santidade a pessoa que vive como comunidade de aliança! TODOS!
Deste modo, foram caindo por terra aquelas malditas mentalidades!
Vejamos a mentira de cada uma delas, destruída pela Verdade:
1) "Achar que ganhar dinheiro não é muito "de Deus", que o trabalho é um mal necessário, que buscar receber salário seria um interesse mesquinho.": O próprio Jesus Cristo disse: "O operário é digno do seu salário" (Lc 10, 7). Isto já bastaria para refutar essa falsa mentalidade. Todavia, aprofundando esta verdade evangélica, São Josemaria Escrivá me mostrou que o trabalho e as circunstâncias do dia-a-dia são ocasião de encontro com Deus, de serviço aos outros e de melhora da sociedade, ou seja, de viver minha bela vocação de comunidade de aliança, de obedecer à palavra do Senhor que disse: "Frutificai, disse ele, e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a. Dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todos os animais que se arrastam sobre a terra" (Gn 1, 28). Sim, Deus quer que frutifiquemos espiritual e materialmente, pois Jesus veio para "que as ovelhas tenham vida e para que a tenham em abundância" (Jo 10, 10). Obviamente, a abundância plena é a vida eterna, mas Jesus nos abençoa nesta vida na Terra também, se não haveria uma inegável contradição na sua palavra, o que não há.
2) "Considerar que não pode haver santidade no mundo do trabalho. O trabalho, para mim, era um tempo de muito "sacrifício"; "o bom" era só rezar, passar o tempo todo só rezando!": Ora, se Deus me chamou à comunidade de aliança, a qual comporta a dimensão profissional, aliás, dimensão que a distingue, e se ele me chama à santidade, como a todo batizado, então seria Deus incoerente em seu chamado ? Claro que não! Na verdade, Deus me chama à santidade estando no mundo mesmo. Mais grave: ele me chama à santidade e quer contar com o meu trabalho no mundo para que outros o conheçam e o amem. Se eu não trabalhar e, assim, não conviver com outras pessoas nesse meio, como elas conhecerão a Deus ? Vejamos o que disse Jesus sobre ser luz no mundo (ser comunidade de aliança): "Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre uma montanha" (Mt 5, 14). Eu não posso me "esconder" em turnos inteiros de oração quando devo trabalhar! Este não é o meu chamado! Deus me chamou para iluminar o mundo e, assim como uma cidade situada sobre uma montanha está exposta, devo me expor também, estando no meio profissional, acadêmico, familiar, com os amigos. Ir contra esta vontade de Deus é ferir na essência minha vocação! Mais uma vez São Josemaria Escrivá me levou a contemplar a Verdade: "Todo trabalho humano honesto, intelectual ou manual, deve ser realizado pelo cristão com a maior perfeição possível: com perfeição humana (competência profissional) e com perfeição cristã (por amor à vontade de Deus e a serviço dos homens). Porque, feito assim, esse trabalho humano, por mais humilde e insignificante que pareça, contribui para a ordenação cristã das realidades temporais — a manifestação de sua dimensão divina — e é assumido e integrado na obra prodigiosa da Criação e da Redenção do mundo: eleva-se assim o trabalho à ordem da graça, santificando-se, converte-se em obra de Deus" (Questões Atuais do Cristianismo, 10).
3) "Achar que trabalho e oração estão definitivamente separados, que seria impossível conciliá-los, que só encontraria Deus nos "momentos de oração".": É óbvio que, pelo maravilhoso fato de eu ser Shalom, sou chamado a ter momentos fortes de oração, parados diante do Senhor, aos moldes de Santa Teresa D´Ávila, com o fervor e o louvor de São Francisco de Assis. Mas, como comunidade de aliança, não é o meu chamado trocar, por exemplo, uma manhã inteira de trabalho por esses momentos de oração. Além de irresponsabilidade, não é o meu chamado! Deus não quis isto para mim! Repito que é uma questão de chamado. Ninguém é melhor ou pior do que o outro porque tem chamado diferente! No meu caso, sou chamado a ter esses momentos fortes de oração antes do trabalho, até para que eu possa transbordar aquilo que recebi do Senhor, durante esses belos momentos de oração, no meu trabalho, na família, nas amizades. E São Josemaria Escrivá, mais uma vez, veio em meu socorro: "Aí onde estão nossos irmãos os homens, aí onde estão as nossas aspirações, nosso trabalho, nossos amores — aí está o lugar do nosso encontro cotidiano com Cristo. Em meio das coisas mais materiais da terra é que nós devemos santificar-nos, servindo a Deus e a todos os homens." (Questões Atuais do Cristianismo, 113).
4) "Considerar as pessoas chamadas por Deus a viverem como comunidade de vida as mais propensas à santidade e aquelas que estão no mundo, no trabalho, em meio à sua família biológica, não muito "vocacionadas" a serem santas.": Que mentalidade "anti" e "ante" Concílio Vaticano II! Rogai por nós, São Josemaria Escrivá: "Desde os primeiros cristãos, quantos comerciantes não se terão feito santos? E queres demonstrar que também agora é possível... - O Senhor não te abandonará neste empenho." (Sulco, 490).5) "Achar que a única forma das pessoas que trabalham no mundo serem santas seria, cada vez mais, renunciarem seu tempo de trabalho, nos negócios, seus momentos com a família biológica, com os amigos, para viverem bem "parecidas" com as pessoas de chamado diferente, mesmo que aquelas realidades (trabalho, família, amigos) ficassem seriamente comprometidas.": Mais uma vez, digo e repito: É, antes de tudo, uma questão de chamado. Há pessoas que, por chamado de Deus, deixam "irmãos, irmãs, pai, mãe, mulher, filhos, terras ou casa" (Mt 19, 29) e são plenamente felizes porque vivem segundo este chamado do Senhor. Há pessoas que o Senhor chama a serem "sal da terra e luz do mundo" (Mt 5, 13-14 ), portanto estão no "mundo" para aí serem "sal" e "luz", vivendo o chamado de Deus, e são plenamente felizes neste chamado do Senhor. Se estas pessoas, como é o meu caso, são chamadas a estarem no mundo para o iluminarem com a Luz, que é Cristo, obviamente este é o meio que o próprio Senhor escolheu para santificá-las, como bem diz São Josemaria Escrivá: "Que valor não adquire essa hora de trabalho!, esse continuar com o mesmo empenho por mais algum tempo, por mais alguns minutos, até terminar a tarefa! De um modo prático e simples, convertes a contemplação em apostolado, como uma necessidade imperiosa do coração, que pulsa em uníssono com o dulcíssimo e misericordioso Coração de Jesus, Senhor Nosso" (Amigos de Deus, 67).
É, meu querido irmão, minha querida irmã, preciso dizer mais alguma coisa ? Preciso é viver meu belo chamado de ser Comunidade de Aliança Shalom, com a intercessão deste meu Amigo, Amigo de Deus, Santo, meu Padroeiro de Comunidade de Aliança Shalom!
São Josemaria Escrivá, rogai por nós!

Shalom!
Álvaro Amorim.
Consagrado na Comunidade Católica Shalom.

Minha nova missão profissional

     "Deus coopera em tudo para o bem daqueles que o amam, daqueles que são chamados segundo o seu desígnio" (Rm 8, 28). 
     Realmente, esta, que é o rhema da minha vida, tem sido uma palavra de Deus muito concreta para mim atualmente. Posso perceber que, em cada desafio, Deus coopera para o meu verdadeiro bem! "Sim! Porque o Senhor é bom: o seu amor é para sempre, e sua verdade de geração em geração" (Sl 100(99), 5).
     Hoje Deus me chama a uma nova realidade profissional. Árdua, desafiante, um novo de Deus (com tudo o que um novo comporta, como nós Shalom sabemos!): Como advogado, passei a integrar o Setor Jurídico da Comunidade, na Diaconia Shalom, em Aquiraz, Ceará.
     O tempo em que estive no Programa Anúncio da Verdade (1 ano, 5 meses e 16 dias, até hoje) foi um verdadeiro kairós, graça sobre graça!
     Louvo a Deus pela vida de cada irmão e irmã que contribuíram para que a obra de Deus acontecesse, para que Jesus Cristo, o Ressuscitado que passou pela cruz, fosse e continue a ser anunciado!
     Louvo a Deus pelo dom da sua vida, querido e querida ouvinte do Programa Anúncio da Verdade! Seu sim a Deus fecundou salvação em muitos! Sei que o Senhor Jesus, pela intercessão poderosa de nossa amada Mãezinha, Nossa Senhora, continuará abençoando você e seus familiares!
     Encerra-se um tempo de Deus na minha vida! Inicia-se outro! "O que está sentado no trono declarou então: 'Eis que eu faço novas todas as coisas'." (Ap 21, 5).
     Cada membro da Rádio Shalom e você, ouvinte, sempre estarão nas minhas orações! Em cada Eucaristia, nós nos uniremos como Igreja para adorar o Cordeiro imolado, o Ressuscitado que passou pela cruz, proclamando "Aleluia! A salvação, a glória e o poder são do nosso Deus" (Ap 19, 1).
     Shalom!
     Álvaro Amorim.
     Consagrado na Comunidade Católica Shalom.
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Foto: Álvaro Amorim.

Halleluya: a festa que nunca acaba!

     Este slogan do Halleluya 2000 é recordado até hoje por muitos! Mas por que se diz que o Halleluya é a festa que nunca acaba ? 
     São cinco dias de alegria, de diversão, de festa mesmo! Jovens, famílias, crianças, pessoas vindas de todo lugar, que se reúnem no CEU (Condomínio Espiritual Uirapuru), em Fortaleza, para cantar, dançar, pular! Expressam com o corpo aquilo que vivem na alma! Ah! Aqui está a resposta: a alegria vem da alma, vem de dentro, por isso é imortal, como a alma humana, por isto não acaba! É uma alegria que não se esvanece com o fim das doses, da noite, da "lombra" ou da "parada"! Não! É algo que eleva a alma para algo maior, melhor! É uma festa que vai ao encontro do desejo de para-sempre existente no coração humano! E, como bem sabemos, só Deus pode saciar este nosso desejo.
     Quem, como eu, já curtiu todo tipo de festa sabe do que estou falando. Basta lembrar o "day-after", ou seja, o dia seguinte. Aí se diferencia aquilo que passa do que permanece.
     E você ? Qual a sua experiência com o Halleluya ? O que marcou você ? 
     Shalom!
     Álvaro Amorim.
     Consagrado na Comunidade Católica Shalom.
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 Imagem: Banda Alto Louvor no Halleluya 2008.

Halleluya: a força que faz viver!

     Com este artigo, inicio uma série sobre o Halleluya, o maior evento católico do Brasil, que ocorre todos os anos no mês de julho, "o Julho da Paz", em Fortaleza.

Mãe: amor de entranhas!


     Neste próximo domingo, festeja-se o Dia das Mães. Dia de alegria para muitos, dia de recordações para aqueles cujas mães encontram-se no Céu. 

Espiritualmente, como podemos ver o que ocorreu à Rádio Shalom ?

     Como você sabe, meu querido irmão, minha querida irmã, intempéries danificaram a torre da Rádio Shalom 690 AM, prejudicando sensivelmente nossa transmissão, a qual já está se restabelecendo gradativamente. 

Meu testemunho: Depressão, um novo olhar sobre esta vivência

Álvaro Amorim

Desafiante doença, crise momentânea ou sintoma comum desses "tempos neuróticos", a depressão tem alcançado mais e mais pessoas, abalando famílias, desestruturando homens e mulheres de todos os níveis econômicos e culturais.

Quem já vivenciou uma depressão sabe que há momentos em que se prefere a morte à vida, ou se deseja nem ter nascido, nem existir, desaparecer! O desespero faz parte dessa dolorosa realidade. É sintomático.

Todavia, para o processo de recuperação, importa não se acusar. Deus também não acusa a pessoa com depressão. Ao contrário, ele não cobra que ela aja, faça ou realize algo. Ele não se comporta como um exigente chefe no trabalho, nem como um ríspido diretor! Não! Ele é nosso amado Pai! Ele acolhe a pessoa que passa por essa dor e a ama.

Foi este Amor que me tirou da escuridão do meu quarto, onde eu passava horas, dias! Foi o Senhor que me fez procurar ajuda, a ajuda dele que vem pelas mãos de seus filhos, meus irmãos. Assim, comecei a viver realidades que hoje são fundamentais na minha vida: uma terapia com uma psicóloga cristã, o encontro diário com Deus, indo constantemente para diante do Santíssimo Sacramento do Altar, e o acolhimento da passagem de Mt 6, 34, como direção diária para a minha vida: "A cada dia basta o seu cuidado."

Como é impressionante a força salvadora que vem de Jesus eucarístico! No início nem percebi nada, mas depois...

Deus foi além: eu percebi que, durante o meu processo depressivo, nas poucas vezes que conseguia sair de casa, buscava no consumismo satisfações que eu não tinha interiormente. Jesus, então, levou-me a me satisfazer, a me realizar dele mesmo: Eucaristia diária!

A tempestade passou!

Hoje vivo o matrimônio, algo que antes eu considerava impossível de um dia viver, por causa da minha realidade na época. Abracei também uma consagração de vida a Deus no carisma Shalom.
Profissionalmente, exerço a advocacia e o trabalho na Rádio Shalom 690 AM, onde apresento o Programa Anúncio da Verdade, de segunda a sexta, das 13h às 14h.

Que Deus maravilhoso, que vai além no Amor!

Problemas ? Como qualquer pessoa, sempre os terei. Mas hoje tenho Deus no coração, na minha vida. O Senhor me fez dar novo sentido à minha vida! Sou feliz!

Para você que vive hoje essa realidade da depressão, saiba: o mesmo Jesus que me ergueu quer e já começa a fazer isto na sua vida agora, porque ele toca seu coração neste momento! Só tenho assim uma única coisa a lhe dizer: Vá para Deus agora! Ele espera você!

Shalom!

Álvaro Amorim.

Consagrado na Comunidade Católica Shalom.

Meu louvor a ti, Senhor, pelo dom da minha vida!

    
     Hoje eu completo 38 anos de idade! Hoje é dia de celebrar a vida, de louvar a Deus por ele ter me criado, por ele ter me salvado e por ele me amar tanto!

A maior graça de perdão da minha vida!

     “Deus coopera em tudo para o bem daqueles que o amam” (Rm 8, 28).
     Este versículo bíblico, na minha vida, tem sido uma realidade tão forte, tão real, tão concreta, que é impossível não recordá-lo a cada acontecimento marcante da minha história.
     Foi assim também na maior obra de perdão vivida por mim.
     A minha família era composta por quatro pessoas: papai, mamãe, eu e minha irmã Isabelle.
    Nós nos amávamos muito! Minha família era católica, mas aquele tipo de católico que vive uma religiosidade deturpada, que pratica ritos e mais ritos, mas que nem entende o que está fazendo e que se permite viver segundo sua própria vontade e não exclusivamente segundo a vontade de Deus. Hoje vejo que nos faltava um encontro pessoal com Jesus Cristo, mas um encontro mesmo, real, que transforma a vida!
     Com o tempo, meu pai e minha mãe começaram a buscar o poder, o possuir e o prazer, cada um de seu modo, o que não demorou por arruinar o casamento deles e, consequentemente, nossa família. Vieram as brigas constantes. Lembro-me de que eles discutiam na nossa frente, até na mesa das refeições. Isto nos marcou muito!
     Essa discórdia prolongou-se até que um dia meu pai saiu de casa. Ele passou sete meses longe de nós. Depois deste tempo, reconciliou-se com a mamãe, e os dois se dispuseram a dar mais uma chance para o seu casamento.
     Infelizmente, não deu certo, pois não apoiaram essa reconciliação em Cristo, na rocha que sustenta todo matrimônio. Então, no início da década de 1990, separaram-se definitivamente.
     Eu e minha irmã, com a graça de Deus, mesmo em meio a sofrimentos dilacerantes, conseguimos entrar na Universidade: eu, no Direito, ela, na Psicologia. Mamãe tentou manter nosso padrão financeiro, o que efetivamente conseguiu, com a graça de Deus. Mas isso não basta para uma família. Não tínhamos aquilo de que toda família necessita: Deus, união, perdão, reconciliação.
     Entretanto, a pessoa que mais sofreu com essa separação foi meu pai. Ele enveredou por farras, desequilíbrio financeiro, promiscuidade, o que o transformou de um modo que era impossível reconhecer nele aquele pai maravilhoso que viajava conosco para o Rio Grande do Sul, para a Argentina; que passava os fins-de-semana em nosso sítio em Mulungu, na Serra de Guaramiranga, ou em nosso apartamento na praia do Icaraí, ensinando-nos a descer as dunas, vendo-nos andar de caiaque, fazendo churrasco e tomando banho de piscina conosco.
     Pensando estar “livre”, meu pai deixou-se escravizar por uma vida sem Deus. Lembro-me de que tudo para ele era relativo, não havia mais, para ele, o Absoluto, o próprio Deus! Assim, meu pai caiu ainda mais, até se envolver com práticas ilegais. Ele cometeu crimes, como estelionato, e acabou sendo preso em flagrante delito. Foi uma das maiores dores da minha vida! Quando eu e minha irmã fomos visitá-lo na Delegacia, choramos muito! Ele estava muito abatido, psicologicamente arrasado, espiritualmente morto! Após esse dia, ele foi solto e preso mais duas vezes, até que conseguiu permanecer solto para responder os processos criminais em liberdade. Contudo, suas escolhas de vida levaram-no à morte! 12 anos após sua separação da mamãe, com 62 anos de idade, ele faleceu num hospital em Fortaleza, vítima de parada cardíaca ocasionada por septicemia. Na verdade, hoje vejo claramente que a causa primeira de sua morte foi a separação, foram as escolhas erradas, foi a recusa a Deus.
     Eu também não passei ileso este tempo todo. A psicologia fala que o filho homem tem o pai como heroi, busca imitá-lo desde pequeno, e, muitas vezes, para “pedir amor”, quando o pai se ausenta, imita-o até nos comportamentos destrutivos. Foi assim comigo. Também enveredei pela farra, pelas orgias, querendo ser aceito por meu pai, ter seu “amor” de volta. Inconscientemente, fazia tudo isso para ser aceito, acolhido por ele. Lembro-me de uma das cenas mais tristes que vivi. Triste hoje, porque na época achei “o máximo!” Como eu estava cego! Certa vez, fui para um quarto de motel com uma mulher, e meu pai ficou no quarto ao lado com outra mulher. No momento, muita bebida, muita “festa”! Saímos do motel rindo, mas eu não tinha noção do tamanho da ferida que isso abriu em meu coração!
     Na verdade, dentro de mim, coexistia um misto de “amor” e ódio pelo meu pai. Acho que eu não o amava mesmo, porque o amor quer o bem do outro, mas o bem mesmo! Como eu não conhecia o Bem, Deus, logo não amava meu pai. Aliás, nem me amava, por isso “me matava” nessa vida louca!
     E assim vivi até o Senhor me encontrar. E graças ao próprio Jesus, ele me encontrou antes de levar meu pai, 1 ano e meio antes de sua partida para a casa do Pai.
    O encontro que me tirou da lama, dessa “vida de morte”, aconteceu nos dias 18, 19 e 20 de agosto de 2000. Foi um maravilhoso seminário de vida no Espírito Santo, promovido pelo Projeto Mundo Novo, da Comunidade Católica Shalom. Ali, naquele seminário de vida, o encontro com Jesus, que está vivo, que ressuscitou, que vence todo pecado, toda morte, fez-me perdoar meu pai.
     Era domingo, dia da Ressurreição do Senhor, por volta das 11h da manhã, na sala de cima da casa de retiro da Porciúncula, onde ocorreu o seminário de vida no Espírito Santo. Um dos servos de seminário orou por mim, durante o momento da efusão, e proclamou, da parte de Deus, que o Senhor me convidava a perdoar meu pai, que o próprio Jesus me concedia a graça de perdoá-lo, e que, para vencer minhas resistências, chamava-me para seus braços, acolhia-me como filho seu. Imediatamente, repousei no Espírito Santo! Caíram por terra não somente meu corpo, mas também o ódio, a ira que me consumiam! Jesus Cristo me libertou! Na fé, eu vi o Senhor! Corri para seus braços, chorei muito, beijei-o, abracei-o! Então, amado por Jesus Cristo, voltei a amar meu pai, a querer abraçá-lo, a dizer para ele que eu o amava, que o tinha perdoado!
     Encontrei-me com meu pai, perdoei-o, abracei-o, beijei-o e, a partir daquele dia, minha convivência com ele mudou.
     Hoje, louvo Jesus Cristo porque ele me preparou para a partida do meu pai. Diante do corpo do meu pai, no velório, eu chorava, meu coração doía muito, mas eu estava na Paz, em Cristo, não me desesperei, porque, inclusive, Deus foi tão bom que pude ver meu pai, antes de sua morte, arrependido de tudo o que tinha feito: deu tempo para ele voltar para Deus aqui na Terra, antes de se encontrar com o Pai do Céu! Com isto, Jesus pacificou meu coração.
      A prova maior de que sou plenamente reconciliado com meu pai é que posso falar abertamente disto tudo, sem nenhuma dor em meu coração. Ao contrário, recordando todos esses acontecimentos, posso dizer com tranquilidade que Deus sempre esteve conosco, mesmo quando não queríamos estar com ele. É um mistério, mas percebo que, de cada mal que vivíamos, Deus retirava um bem para cada um de nós. Numa palavra: “Deus é amor” (I Jo 4, 8).
     Para a alegria ser plena, completa, faltava ainda um perdão. E confesso que este foi mais difícil. Aliás, era “impossível”, porque eu sabia que deveria perdoar, inclusive por hoje ser consagrado na Comunidade Católica Shalom, mas eu não queria!
     Após a separação entre meu pai e minha mãe, o papai teve uma união de fato com outra mulher. Desse relacionamento, no ano de 1997, nasceu uma menina.
     Era exatamente aí que residia a maior obra de perdão que Deus faria na minha vida!
     Após a morte do meu pai, a mulher que teve esse relacionamento com ele ingressou com uma ação judicial para declarar a existência dessa união de fato (chamada “união estável” no ordenamento jurídico brasileiro). Os promovidos nessa ação éramos eu e minha irmã Isabelle.
     Esta minha irmã Isabelle, logo após a separação dos meus pais, foi estudar e morar fora. Hoje ela é professora da Universidade de Bangkok, na Tailândia. Por não morar no Brasil, minha irmã nunca fora citada nesse processo.
     Eu também nunca fui citado, mas por não querer mesmo, porque tinha ódio no meu coração. É verdade: consagrado não está isento disso! É separado por Deus, mas precisa, a cada dia, de conversão, necessita encontrar-se com o Senhor todo dia, porque a obra de conversão é até a morte, e, graças ao Senhor, esta obra de perdão aconteceu!
     Como advogado que sou, costumo acompanhar os processos dos meus clientes frequentemente e, em uma dessas idas ao Fórum, resolvi “olhar” esse processo de declaração de união de fato (chamada “união estável” no ordenamento jurídico brasileiro).
     Jesus Cristo tinha uma surpresa para mim!
     Folheando os autos do processo muito rapidamente, parei numa folha que continha a fotocópia da carteira de identidade de uma criança. Vi então a fotografia da minha irmã, a Vitória, filha do meu pai com a mulher com quem ele viveu uma união de fato, após sua separação da mamãe.
     Ao olhar para aquela foto, senti algo forte no meu coração! Fechei os autos e os entreguei ao servidor da Secretaria da Vara. Não consegui fazer mais nada do trabalho após isto! Sofri um verdadeiro “bombardeio” em meu coração! Comecei a ouvir em meu coração: “Essa criança é minha irmã!”, “Que menina linda!”, “Quanto tempo fugi dela!” E assim, Jesus arrancou meu coração de pedra e colocou no lugar um coração novo, um coração de carne, que pulsa, que ama!
     Do ódio, passei a ter saudade! É mesmo: como é possível ter saudade se não se conviveu ?! Pergunte a Jesus! Fiquei com uma vontade louca de ver minha irmã, de abraçá-la, de beijá-la, de pedir-lhe perdão por ter fugido, por ter me escondido dela durante toda a sua infância!
     Do Fórum, o Senhor me conduziu a uma praça de alimentação num “shopping”, onde eu só conseguia enxergar diante de mim, nas outras mesas, jovens mulheres com suas filhas. Parece que o Senhor me mostrava, em cada mesa da praça de alimentação, minha irmã com sua mãe, que é uma jovem mulher também. Era como se ele estivesse me dizendo: “Olha, meu filho, tua irmã é assim, bela como essas crianças!”
    Desabei num choro sem me conter! A graça veio com toda a sua força, e eu disse “SIM!”: “Sim, Jesus, eu quero minha irmã, eu a amo, quero vê-la, pedir-lhe perdão. Quero perdoar a mãe da minha irmã e também pedir-lhe perdão por não ter reconhecido um direito seu, previsto no ordenamento jurídico do meu País!”
     Minha esposa, a Sabryna, estava na Reciclagem Shalom (retiro de 10 dias para os membros da Comunidade), por isto eu não podia me comunicar com ela (somente em casos gravíssimos eu poderia ligar para a secretaria da Reciclagem e pedir para avisarem-na). Mas, foi ótimo: ficamos sós, eu e Deus, para que a decisão fosse toda minha, exclusivamente minha, apoiada na graça de Deus!
     Eu sabia o número do telefone celular da mãe da minha irmã, mas nunca tinha ligado para ela. Então, nesse mesmo dia, liguei para ela, disse que eu queria reconhecer a união que ela tivera com meu pai, porque era direito seu, e marquei um encontro com ela na manhã seguinte no meu escritório. Nesse encontro, eu iria pedir a ela que eu pudesse ver sua filha, minha irmã.
     Passei o resto do dia sozinho em casa, em profunda oração.
     Não foi fácil, é claro! O perdão é sempre uma decisão nossa, apoiada na graça de Deus. A graça já tinha vindo, mas a minha decisão foi tentada pelo Diabo. Fiquei o resto da noite como Jesus no deserto: sozinho, sob forte tentação.
     Parênteses: Para você que duvida da existência do Diabo, saiba que a maior artimanha que ele usa é fazer a pessoa achar que ele não existe! Assim, fica mais fácil para ele “trabalhar”! Mas ele existe e nos tenta, e não foi diferente comigo. Veja como o Diabo é ardiloso!
     Como minha amada e querida mamãe já tinha falecido em 2007, vítima de câncer no fígado, o Diabo começou a “soprar” no meu ouvido, tentando-me para que eu não cooperasse com a graça de Deus e assim não me reconciliasse com minha irmã e com sua mãe.
     Na noite da tentação, ele me dizia: “Rapaz, você vai perdoar essa mulher ?! Olha, sua mãe sofreu muito quando soube que seu pai estava com ela! É, sua mãe! Aquela que sempre cuidou de você, que esteve sempre presente quando seu pai se separou de vocês, que chorou muito pelo que seu pai fez! Sua mãe não ia querer ver você abraçado com essa mulher e com a filha que nasceu dela com seu pai! Deixa isso pra lá! E seus familiares, e os irmãos da sua mãe ?! O que vão dizer ? Você sabe que eles são conservadores! Eles viram o que sua mãezinha sofreu!”
     Você viu como o Diabo age ? Tem alguma dúvida ainda ? Ele é tão esperto que usa até a verdade para tentar incutir em nós a sua mentira! É verdade que a mamãe sofreu, claro! Ninguém que ama, mesmo separada, gosta de ver seu marido numa união com outra mulher! Mas o cristão verdadeiro, que não vive uma religiosidade deturpada, só de ritos exteriores, aquele que teve um encontro pessoal com o Senhor, segue Jesus Cristo agindo como ele, nessas horas mais difíceis, mais desafiantes, perdoando “até setenta e sete vezes” (Mt 18, 22), porque “se alguém disser: ‘Amo a Deus’, mas odeia o seu irmão, é um mentiroso: pois quem não ama seu irmão, a quem vê, a Deus, a quem não vê, não poderá amar” (I Jo 4, 20).
     Porém, o golpe mortal na tentação do Diabo foi dado por Jesus, o Cordeiro imolado que venceu!
     Após toda essa tentação, Jesus me disse, em oração: “Meu filho, onde está tua mãe ? Com quem está tua mãe ?” Eu respondi: “Senhor, ela está em ti, ela está no Céu!” Então, Jesus falou para mim, no mais profundo do meu coração: “Meu filho, quem está comigo vive a plena felicidade, todo mal passou, toda lágrima foi enxugada, não há um espaço sequer para o menor dos ressentimentos! Tua mãe, que está em mim, é toda amor! Perdoa, vai em frente, meu filho, tua mãe intercede por ti junto a mim, para que tu dês esse perdão, para que tu te reconcilies com tua irmã, para que tu ames!”
     Eu chorei muito! O Diabo foi calado por Jesus e retirou-se! Cheio do Espírito Santo, juntamente com Nossa Senhora, eu fiz um grande louvor a Jesus Cristo e fui dormir na Paz!
     No dia seguinte, fui cedo ao escritório. Cheguei uma hora antes do horário marcado e, como estava ansioso, ia de vez em quando para a porta de fora olhar se alguém vinha. Numa dessas idas, vi a mãe da minha irmã e, porque Deus me ama demais, vi também minha irmã vindo com ela. Comecei a chorar, corri para abraçá-la, ela me abraçou fortemente, choramos juntos, eu disse que a amava, pedi-lhe perdão por tudo o que eu fizera. A mãe dela estava aos prantos, e nós nos abraçamos também. Ela me pediu perdão, eu pedi perdão a ela. Entramos no escritório e pude contemplar mais uma maravilhosa obra de Deus: minha irmã nem precisou me perdoar! Deus a tinha preservado de todo ressentimento contra mim e contra minha outra irmã. Na verdade, a Vitória, nossa bela irmã, sempre nos amou, a mim e à Isabelle. Depois, sua mãe me disse que falava assim para ela, desde quando ela era bem pequena: “Vitória, ame seus irmãos. Eles são seus irmãos! Um dia, Deus tocará o coração deles, e eles virão até você”. E esta palavra cumpriu-se, graças a Jesus Cristo, nosso Senhor e Deus!
     Isto aconteceu em julho deste ano de 2009. Em novembro, minha outra irmã, a Isabelle, chegaria da Ásia para passar férias aqui em Fortaleza.
     Então, preparei-me em oração, na Eucaristia e no terço diários para contar-lhe tudo o que acontecera. Como procurador da minha irmã Isabelle no Brasil, também tinha a obrigação de dizer-lhe que eu reconhecera a união de fato entre o nosso pai e a mãe de nossa irmã. Mas, muito mais do que uma obrigação jurídica, eu queria partilhar o amor que estava em meu coração. Como eu a amo, queria que ela também amasse a Vitória e a acolhesse como irmã!
     Quando a Isabelle chegou, convivemos bastante e, no início do mês de dezembro deste ano de 2009, fomos à praia, somente eu e ela.
     Contei-lhe tudo. Como Deus é fiel, e sua graça toca todos os corações, minha irmã Isabelle acolheu de todo coração a obra de reconciliação que o Senhor realizara na minha vida e disse que queria encontrar-se com nossa irmã Vitória também.
     Então, no dia 18 de dezembro deste ano de 2009, numa sexta-feira, dia da semana sempre consagrado ao Coração de Jesus, coração traspassado de amor por cada um de nós, coração misericordioso, vencedor!, eu, minha irmã Isabelle e minha irmã Vitória nos encontramos naquele dia que ficará marcado por toda a minha vida como “O Encontro dos Irmãos”!
     Nós nos amamos muito, nos abraçamos, nos beijamos, tiramos muitas fotos. Minha irmã Isabelle, que mora na Ásia, trocou e-mails com minha irmã Vitória, e combinaram em se falar pelo Skype também.
     Quando fui deixar minha irmã Vitória na casa de sua mãe, nós três nos despedimos com um forte abraço e um beijão, e, no carro, após toda essa “explosão”, efusão do Amor de Deus, em silêncio eu orava: “Senhor, eu te amo! Jesus, eu te adoro! Jesus, muito obrigado por essa vitória tua em nossas vidas! Obrigado pela Vitória, pela Isabelle, minhas irmãs! Obrigado, Jesus, porque sei que Nossa Senhora, nossa Mãezinha querida, intercedeu para que seus filhos se reencontrassem, se reconciliassem, se amassem! Obrigado, Jesus, pela maior graça de perdão da minha vida!”
     Shalom!
     Álvaro Amorim.
     Consagrado na Comunidade Católica Shalom.

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