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Servir o Senhor e os homens

Hoje publico belíssimo texto de São Josemaria Escrivá, que tocou profundamente em meu coração.
Aliás, escrevendo agora esta introdução ao texto, recordo-me de como tem sido a missão do Santo Padre o Papa Francisco: tudo a ver com o que você vai ler agora:

“Servir o Senhor e os homens”
"Qualquer atividade - seja ou não humanamente muito importante - tem de converter-se para ti num meio de servir o Senhor e os homens: aí está a verdadeira dimensão da sua importância. (Forja, 684)
Não me afasto da mais rigorosa verdade se digo que Jesus continua ainda hoje a buscar pousada no nosso coração. Temos que lhe pedir perdão pela nossa cegueira pessoal, pela nossa ingratidão. Temos que lhe pedir a graça de nunca mais lhe fecharmos a porta de nossas almas.

O Senhor não nos oculta que a obediência rendida à Vontade de Deus exige renúncia e entrega, porque o amor não reclama direitos; quer servir. Ele percorreu primeiro o caminho. Jesus: como foi que obedeceste? Usque ad mortem, mortem autem crucis, até à morte, e morte de Cruz. Temos que sair de nós mesmos, complicar a vida,perdê-la por amor de Deus e das almas... Tu querias viver, e que nada te acontecesse; mas Deus quis outra coisa... Existem duas vontades: a tua vontade deve ser corrigida para se identificar com a Vontade de Deus, e não a de Deus torcida para se acomodar à tua.

Tenho visto, com alegria, muitas almas jogarem a vida - como Tu, Senhor, usque ad mortem! - para cumprir o que a vontade de Deus lhes pedia, dedicando seus esforços e seu trabalho profissional ao serviço da Igreja, pelo bem de todos os homens.

Aprendamos a obedecer, aprendamos a servir. Não há maior fidalguia do que entregar-se voluntariamente a servir os outros. Quando sentimos o orgulho que referve dentro de nós, a soberba que nos leva a pensar que somos super-homens, é o momento de dizer não, de dizer que o nosso único triunfo há de ser o da humildade. Assim nos identificaremos com Cristo na Cruz, sem nos sentirmos aborrecidos ou inquietos, nem com mau humor, mas alegres, porque essa alegria, o esquecimento de nós mesmos, é a melhor prova de amor. (É Cristo que passa, 19)".
(Fonte: www.opusdei.org.br).
Deus abençoe você!
Álvaro Amorim.
Imagem: www.opusdei.org.br.
Nas citações desta obra ou de parte dela, inclua obrigatoriamente: Autor: Álvaro Amorim, em http://anunciodaverdade.blogspot.com

Papa Francisco fala sobre temas polêmicos

Você quer saber o que pensa o Papa Francisco sobre temas polêmicos ?
Clique aqui e assista à entrevista que ele concedeu ao repórter Gerson Camarotti, da Globo News.
Deus abençoe você! Álvaro Amorim.
Imagem: http://www.blogdoconsa.com/2013/04/a-gargalhada-do-papa.html. 
Nas citações desta obra ou de parte dela, inclua obrigatoriamente: Autor: Álvaro Amorim, em http://anunciodaverdade.blogspot.com

Papa Francisco: uma resposta do Espírito Santo

Uma fantástica surpresa!
Com este sentimento no coração, vi, junto com minha esposa e nossa filha Clara (de 1 ano e 9 meses de idade), o anúncio da eleição do Cardeal Jorge Mario Bergoglio como Papa de nossa amada Igreja, como Bispo de Roma, como ele insistiu em afirmar em seu primeiro pronunciamento, antes da bênção urbi et orbi, à Cidade (de Roma) e ao mundo.
Contudo, decidi esperar estes 15 dias após sua eleição para redigir este artigo, a fim de ter mais subsídios para tentar ler os sinais que vêm a nós por meio desta dádiva do Espírito Santo.
Primeiramente, o nome escolhido pelo novo Papa aponta para a missão que ele intuiu ser o desígnio de Deus para seu ministério. Francisco: o apaixonado por Jesus, por isto amante dos irmãos, da criação, todo doado a Deus, todo pobre para amar os pobres, e assim reconstrutor da Igreja, que ruía em meio a escândalos e riquezas no seu tempo.
Porém, vejo mais: Percebo uma guinada na condução da Igreja para a vivência do amor ao próximo como condição essencial e única para o amor a Deus. Aliás, já escrevi sobre isto, que não é assunto novo, está na Palavra de Deus:
"Se alguém disser: 'Amo a Deus', mas odeia o seu irmão, é um mentiroso: pois quem não ama seu irmão, a quem vê, a Deus, a quem não vê, não poderá amar" (I Jo, 4, 20).
Quando penso nisto, dá vontade de cantar aquele verso da canção do Martín Valverde: "Tenho esperado este momento..."
Ah, Jesus, como esperei este momento, e ele chegou, e o teu Espírito ouviu minhas súplicas e a de muitos!
Meu querido irmão, minha querida irmã, como falei a membros de Novas Comunidades que estava tudo errado, que se vivia uma espiritualidade "esquizofrênica", apartada da realidade, não só da realidade do meio em que Deus nos colocou, mas também da realidade da Palavra de Deus, como citei.
Como via claramente o desamor aos irmãos, dentro da própria célula comunitária, dentro das estruturas de governo, e ainda se tinha a presunção de dizer: "Somos uma família!"
Ficava claro que jamais se poderia ouvir dos outros a seguinte expressão que se dizia acerca dos primeiros cristãos, segundo conta Tertuliano (Apolog. 39): "Vede como eles se amam!"
Seria mais fácil ouvir: "Vede como eles se odeiam!"
Infelizmente, não somente as feridas pessoais contribuíam para essa triste realidade. O erro vinha de dentro, da direção, do governo, da formação "esquizofrênica" como já disse, isto é, totalmente apartada da realidade.
Se não, vejamos.
Uma formação que retira uma pessoa casada todas as noites da semana de seu lar, em vistas da "evangelização", implicando em ausência, desse pai ou dessa mãe, da sua família, do convívio com os filhos após o dia de trabalho, não pode ser uma formação saudável, verdadeira, autêntica, à luz da vontade de Deus para a família; apartada, pois, do que Deus deseja para a família.
Os pais, caro irmão, cara irmã, devem evangelizar primeiramente seus filhos, permanecendo com eles, amando-os, convivendo muito mesmo! E como se pode amar o filho sem conviver com ele ? O que passa na cabecinha de uma criança que não vê seu pai ou sua mãe quase todas as noites da semana ?
E não me venha com aquele tipo de disparate, totalmente mentiroso: "Deus cuida. Eu faço a minha parte, Deus faz a dele. Eu estou escolhendo a melhor parte, meus filhos beberão um dia dessa 'graça'!"
Pelo Amor de Deus! Este tipo de frase só me leva a dizer: É de sentar e chorar!
Eu ouvi da boca de uma cofundadora de Comunidade (ninguém me disse não, eu ouvi, e está gravado num DVD), durante uma formação dada por ela: 
"Por favor, não façam o que eu fiz! Não abandonem os filhos de vocês em nome da evangelização! Eu tenho hoje um filho ateu por causa disto, porque até em dia de aniversário dele, eu me ausentava para pregar. Por amor, não façam isto!"
Vejamos o que disse o hoje Papa emérito Bento XVI, no 5º Encontro Mundial das Famílias, em 17 de maio de 2005:
"Os pais são os primeiros evangelizadores dos filhos, dom precioso do Criador, começando pelo ensino das primeiras orações. Assim se vai construindo um universo moral enraizado na vontade de Deus, no qual o filho cresce nos valores humanos e cristãos que dão pleno sentido à vida. Ao tornarem-se pais, os esposos recebem de Deus o dom de uma nova responsabilidade. Seu amor paterno está chamado a ser para os filhos o sinal visível do mesmo amor de Deus, do qual procede toda paternidade no céu e na terra".
É hora de amar o próximo, como dizem São João, na sua primeira Carta, e o Papa Francisco. E saiba, meu irmão, minha irmã: O próximo mais próximo é o seu filho, a sua filha, não é aquela pessoa por quem você orará naquele imenso evento de evangelização.
É tempo de as Novas Comunidades reverem seriamente sua formação "esquizofrênica" e formarem seus membros para se amarem, para viverem como os primeiros cristãos. E não me venham dizer que isto é vivido através da partilha da comunhão de bens, do dízimo. Por favor! Falo de amor mesmo! Falo de gente que perdoa, que sabe que cada pessoa é única, que não tem medo de gente!
É "esquizofrênico" também apartar as pessoas do trabalho, da profissionalização, do estudo, do aperfeiçoamento profissional.
Os jovens devem ser direcionados pelas autoridades das Novas Comunidades para o estudo, para a profissionalização. Nestes ambientes, eles serão maravilhosos evangelizadores, primeiramente com seu testemunho de gente que estuda, que não falta, que se aperfeiçoa profissionalmente. Em seguida, poderão partilhar sua experiência com Deus, seu Encontro.
De novo: Já escrevi sobre isto, e vejo que o Papa Francisco é bem "pé no chão", o que o faz manter sempre o "coração ao Alto"!
Ao se despedir daqueles que o saudaram na Praça de São Pedro e dos milhões que o viam pelos meios de comunicação, ele disse: "Boa noite e bom repouso!"
Que belo ver o Papa nos mandando repousar depois de um dia de trabalho, de fadiga. Parecia um pai para seus filhos: "Vocês já estudaram, trabalharam, cumpriram com suas obrigações, agora é hora de dormir. Durmam bem! Bom repouso!"
Tão humano, por isto tão Santo Padre!
É, meu irmão, minha irmã, vem mais formação verdadeira do Santo Padre para nós.
Sabe o que ele disse na homilia da Missa do Crisma, hoje, nesta Quinta-feira Santa ?
"Não é nas reiteradas introspecções que encontramos o Senhor, nem mesmo nos cursos de autoajuda. O poder da graça cresce na medida em que, com fé, saímos (...) para dar a pouca unção que temos àqueles que nada têm".
E o Papa estava pregando na Missa do Crisma, em que se celebra o dom do sacerdócio, especificamente para os padres. Ora, se o padre não encontra o Senhor "nas reiteradas introspecções", isto é, nos constantes fechamentos em si mesmo, por exemplo, em horas de recolhimento, de retiro, mas o encontra quando sai de si para o seu rebanho, quando, como disse o Papa Francisco, "sente o cheiro das ovelhas", muito mais um pai-de-família não encontrará o Senhor isolando-se de sua família, mas indo ao seu encontro, sentindo o cheiro dos filhos, beijando-os, convivendo muito com eles, que são o rebanho confiado pelo próprio Senhor ao pai e à mãe.
Que Papa, hein !?
Por fim, às estruturas de governo das Novas Comunidades.
Vi sala de fundador, na "casa do governo", que é uma riqueza só! Suntuosa, majestosa, com tapetes enormes, um mapa do mundo imenso na frente de uma grande mesa oval, de madeira maciça, com uma cadeira estilo presidente super-confortável, bem alta, para o fundador, tudo projetado, caríssimo, parecido com a riqueza da Casa Branca!
E o Papa Francisco, quando foi visitar o apartamento papal, que havia sido fechado após a renúncia de Bento XVI, espantou-se com o tamanho do lugar e afirmou: "Mas aqui cabem 300 pessoas!"
Vi "prefeito" da "casa do governo" de Nova Comunidade tomando suco na hora do almoço, servido exclusivamente para si, e de graça, enquanto os empregados tinham a única opção básica: água, ou comprassem refrigerante com o seu parco salário!
Vi "autoridade" pedindo a devolução da "comunhão de bens", o dízimo, dizendo, em pregação, que a Comunidade não tinha dinheiro para manter suas obras sociais, seu trabalho com os drogaditos. Porém, para o filho desse membro do governo comunitário não faltavam as aulas de natação e para sua filha, as de balé!
Então nessas horas, quando descobertos, vinham com aquela frase maldita: "Não somos chamados à pobreza franciscana!"
Realmente, a pobreza de Francisco, o Santo de Assis, aquela que o Papa de mesmo nome quer para sua Igreja, anda a léguas dessa "casa de governo"!
Se eu fosse relatar aqui o que vi, mas vi mesmo!, 10 artigos não seriam suficientes.
Tenho certeza, meu irmão, minha irmã, de que sua fé não foi abalada com este relato, se sua fé é verdadeira, se você não vê Deus como um superprotetor e a Comunidade como uma redoma, dentro da qual você está protegido(a), mas se você vê Deus apaixonado por você, que não muda um "milímetro" o seu amor, mesmo quando você comete aquele pecado horrível!
Se você crê neste amor sem hesitar e se vê que sua Comunidade, como a nossa amada Igreja, pode mudar (e o Espírito escolheu o Papa Francisco para isto), então este artigo o(a) fortalecerá ainda mais, levando-o(a) a "acordar" para a sua missão de pai ou de mãe, de profissional, de leigo, que é chamado a viver neste mundo e não fugindo dele, "protegendo-se" na Comunidade!
Termino mostrando como o nosso Papa Francisco é simples e assim deseja que a Igreja seja.
A foto que usei na abertura deste artigo mostra o Papa sentado bem atrás na capela, em meio aos jardineiros do Vaticano, após uma missa celebrada por ele.
O Papa está em oração, no meio dos mais simples empregados do Vaticano, em um lugar sem destaque, sem pompa, sem "cadeira-presidente".
Recordou-me o ensinamento de Jesus quando seus discípulos discutiam por poder, tendo dois deles usado até a própria mãe para pedir "cargos" de "autoridade":
"Sabeis que os governadores das nações as dominam e os grandes as tiranizam. Entre vós não deverá ser assim. Ao contrário, aquele que quiser tornar-se grande entre vós seja aquele que serve, e o que quiser ser o primeiro dentre vós, seja o vosso servo" (Mt 20, 25-27).
Deus abençoe você!
Álvaro Amorim.

Imagem: https://twitter.com/gnntridente.
Nas citações desta obra ou de parte dela, inclua obrigatoriamente: 
Autor: Álvaro Amorim, em http://anunciodaverdade.blogspot.com

Quem não cuida da própria família renega a fé!

Antigo e sempre atual dilema: cuido das coisas de Deus ou da minha família ?
Quem já não se deparou com esta pergunta ?
Inicialmente, não vejo como a própria família não seja uma "coisa de Deus". Aliás, é uma essencial "coisa de Deus" para quem vive o estado de vida do matrimônio, pois o casamento é uma vocação, um chamado de Deus.
Portanto, não há oposição entre "as coisas de Deus" e o cuidado da família. Na verdade, este cuidado faz parte daquelas "coisas", do chamado de Deus para cada um de nós leigos que abraçamos a vocação ao matrimônio.
É triste, muito triste, ouvir pessoas que dizem frases do tipo: "Olha, deixe um pouco sua família e dedique-se mais à evangelização", ou: "Você precisa estar mais na obra, mais presente aqui, mesmo que isto lhe custe tempo com a família".
Sou bem sincero, meu irmão, minha irmã: Não consigo imaginar Deus, que é amor (cf. I Jo 4, 8), que une um homem e uma mulher no Amor, chamando-os à bela vocação do matrimônio, que cria filhos com a colaboração desse homem e dessa mulher e que, de repente, diz: "Não, você não deve ter muito tempo com os seus, com sua família!"
Seria uma tremenda incoerência!
Deus não é assim. Seus dons e o chamado que ele nos faz, inclusive ao matrimônio, são irrevogáveis (cf. Rm 11, 29).
Também não vejo que possa haver maior evangelização do que amar a própria família, dedicando tempo a ela.
O povo dos grandes eventos, onde casais evangelizam, não acreditará num pai de família que não convive com seus filhos, que não os ama passando tempo com eles e a esposa, mesmo que esse pai fale bem bonito do amor de Deus! O testemunho arrasta ou escandaliza!
Se você ainda tem dúvidas do que escrevi, deixo que o próprio São Paulo, um celibatário (alguém que não casou, que não constituiu família de sangue), fale, inspirado pelo Espírito Santo, ao seu coração:
"Se alguém não cuida dos seus, e sobretudo dos da própria casa, renegou a fé e é pior do que um incrédulo" (I Tm 5, 8).
Shalom! Álvaro Amorim. Consagrado na Comunidade Católica Shalom.

Imagem: Eu e a Clara, no meu primeiro Dia dos Pais
(numa maravilhosa troca de fraldas!). 
Nas citações desta obra ou de parte dela, inclua obrigatoriamente: 
Autor: Álvaro Amorim, em anunciodaverdade.blogspot.com

Shalom: 29 anos de Paz!

Hoje, dia 9 de julho de 2011, nossa Comunidade Católica Shalom completa 29 anos. Que alegria, que Obra Nova para um Novo Tempo! Que carisma autêntico, criado por Deus!
Louvo ao Senhor Jesus Cristo por ter sido criado Shalom, por ter uma família Shalom, por ser consagrado a Deus neste carisma!
É tempo de alegria e responsabilidade, para que o carisma seja difundido, não somente geograficamente, mas para crescer na missão de fazer o homem e a mulher de hoje conhecerem mais a Deus, terem a experiência de entrar no Coração traspassado de Jesus, lugar da Paz, do Amor, da Misericórdia!
Parabéns a nós todos, não por nossos méritos, que não temos, mas por termos dado um "sim", mesmo fraco, à escolha, à eleição de Deus!
Shalom! Álvaro Amorim. Consagrado na Comunidade Católica Shalom.
Imagem: Moysés (fundador do Shalom), eu, a Sabryna e a Emmir (co-fundadora do Shalom), no dia 12 de abril de 2007, dia da nossa consagração, na Catedral Metropolitana de Fortaleza.
Nas citações desta obra ou de parte dela, inclua obrigatoriamente: Autor: Álvaro Amorim, em http://anunciodaverdade.blogspot.com

A urgente necessidade de formação das famílias e da realidade do trabalho

As Novas Comunidades, "nova primavera para a Igreja", segundo disse o Beato Papa João Paulo II, surgiram como uma resposta de Deus ao clamor da Igreja por um novo Pentecostes, súplica feita pelo Beato Papa João XXIII no século passado.
De lá para cá, houve uma verdadeira revolução renovadora nos fieis, com acertos e erros, é claro.
Hoje, faz-se necessária uma nova revolução, um revolver-se para dentro, um voltar-se para as realidades que formam a sociedade: a família e o trabalho.
Com certeza, por terem surgido tão logo após o Concílio Vaticano II, as Novas Comunidades apresentaram, em seus primórdios, tendências clericais, isto é, uma tentativa de formarem-se seguindo o modelo da hierarquia da Igreja. A própria nomenclatura adotada revelava isto.
Vou ser mais claro: Não era difícil (e ainda hoje se vê!) o uso de palavras próprias às realidades do clero ou da vida religiosa, como: "profissão dos votos", "regras", "noviciado".
Para aquelas Novas Comunidades que foram reconhecidas pela Santa Sé, a Igreja pediu que fosse adotada nova nomenclatura, para que não fosse mantida essa "clericalização", pois, como se sabe, as palavras devem revelar a essência das realidades.
Assim, algumas Novas Comunidades deixaram aquele processo de "clericalização" para viverem a bela vocação laical, haja vista serem formadas, em sua imensa maioria, por leigos. Veja-se o que afirmou o Beato Papa João Paulo II na Carta às Famílias:
"Casar-se permanece a vocação ordinária [comum, normal, habitual] do homem, que é abraçada pela maior porção do Povo de Deus." (Carta às Famílias, 18).
Portanto, acolhendo essa direção da Santa Sé, é vital que as Novas Comunidades, segundo o carisma de cada uma, formem, no Espírito, as realidades que identificam essa imensa maioria de seus membros: a família e o trabalho.
Infelizmente, a maior parte das Novas Comunidades tem, em sua estrutura, no máximo, projetos para essas dimensões da vocação laical. Não há uma densa formação intracomunitária voltada para essas realidades, inobstante, como já fora dito, as Novas Comunidades serem formadas, como a sociedade, sobretudo por leigos.
Aliás, a maioria deve ser de leigos mesmo. Isto porque, desde o princípio, a vocação que o próprio Deus quis como "maioria" é a de leigos, que formam família de sangue, que trabalham no mundo: 
"Deus os abençoou [a Adão e Eva] e lhes disse: 'Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a'." (Gn 1, 28);
"Por isso um homem deixa seu pai e sua mãe, une-se à sua mulher, e eles se tornam uma só carne." (Gn 2, 24);
"Vós sois o sal da terra [...] Vós sois a luz do mundo [...] Brilhe do mesmo modo a vossa luz diante dos homens, para que, vendo as vossas boas obras, eles glorifiquem vosso Pai que está nos céus." (Mt 5, 13-16).
Obviamente, não se critica a vontade que as Novas Comunidades têm de ofertar sacerdotes para a Igreja e celibatários para o Reino dos Céus. De modo algum! Todavia, é triste ver como as realidades da família e do trabalho são pouco tratadas na formação intracomunitária de várias Novas Comunidades. É, no mínimo, uma desproporção, um desequilíbrio em relação ao número de famílias, de leigos, de profissionais, de trabalhadores que as compõem.
Muito belo é acolher o que o Papa Bento XVI escreveu em sua primeira encíclica:
"O dever imediato de trabalhar por uma ordem justa na sociedade é próprio dos fieis leigos, os quais, como cidadãos do Estado, são chamados a participar pessoalmente na vida pública." (Deus Caritas Est, 29).
E como os fieis leigos vão desempenhar bem sua vocação na sociedade, vão "trabalhar por uma ordem justa na sociedade", se a dimensão do trabalho, inerente à sua vocação, não é formada ?
Por fim, na Carta às Famílias, afirmou o inesquecível Beato Papa João Paulo II:
"Seguindo a Cristo que 'veio' ao mundo 'para servir' (Mt 20, 28), a Igreja considera o serviço à família uma das suas obrigações essenciais." (Carta às Famílias, 2).
Que as Novas Comunidades, surgidas no seio da Santa Mãe Igreja, desejosas de viverem em plena unidade com a Santa Sé, prestem também este fundamental serviço às famílias, dedicando densa formação àquelas que são "Igrejas domésticas"!
Shalom! Álvaro Amorim. Consagrado na Comunidade Católica Shalom.
Imagem: Eu e a Sabryna em nossa lua-de-mel em Guaramiranga.
Nas citações desta obra ou de parte dela,
necessariamente deve ser incluído:
Autor: Álvaro Amorim, em http://anunciodaverdade.blogspot.com

Nova missão!

Meu querido irmão, minha querida irmã,
É uma grande alegria escrever para você novamente, agora num tempo todo especial da minha vida!
Deus me fez pai, uma graça imensurável, transformadora, vivificante! Vivendo esta graça, acolhi o chamado do Senhor para continuar a escrever artigos de formação cristã.
Contudo, Deus, que me fala muito através do meu viver diário, quer que eu escreva sobre a família e o trabalho, realidades mediante as quais o Espírito Santo nos santifica a cada dia, pois são vivências tão belas que podem e devem tornar-se maravilhosas oportunidades de encontro com Jesus diariamente.
Serão artigos com poucos parágrafos, mas, com a graça de Deus, intensos, verdadeiros, que falam da vida, que tocam os belos mistérios da família e do trabalho.
Conto com suas orações e com a intercessão de São Josemaria Escrivá para levar adiante esta nova missão, para, junto com você, vivê-la!
Shalom! Álvaro Amorim. Consagrado na Comunidade Católica Shalom.
Imagem: Eu e a Sabryna depois de um dia de trabalho.

São João, o Batista, e a vocação Shalom

     Hoje, dia 24 de junho, a Santa Mãe Igreja celebra a Natividade de São João, o Batista, o Precursor, homem "mais do que profeta" (Lc 7, 26).
     Este santo homem, filho de Zacarias e Isabel, parente de Jesus (cf. Lc 1, 36), é de importância fundamental para a nossa vocação Shalom.
     Foi João quem anunciou para um Israel pecador, afastado de Deus, descrente, oprimido pelo Império Romano, a salvação, o Salvador, o Messias tão esperado pelo povo, tão predito pelos profetas do passado, ao proclamar: "Eis o Cordeiro de Deus" (Jo 1, 36).
     Sua vida toda foi anúncio. Ele mesmo, reconhecendo sua missão, refere-se a si mesmo como "a voz", como se o resto do corpo não importasse tanto, mas o falar, o proclamar, o anunciar o Cristo era o essencial: " Eu sou a voz que clama no deserto: Endireitai o caminho do Senhor" (Jo 1, 23).
     Fazendo-se uma lectio das palavras do profeta Jeremias, podemos perceber a ligação intrínseca entre o múnus profético e o ser Shalom.
     Na verdade, nós, cuja vocação sustenta-se na contemplação, na unidade e na evangelização, podemos observar como a dimensão evangelizadora do Carisma, portanto profética, é plasmada por Deus em cada um de nós quando da nossa escolha, da nossa separação para Deus — na consagração.
     Vejamos o texto bíblico:
     "Foi-me dirigida nestes termos a palavra do Senhor: Antes que no seio fosses formado, eu já te conhecia; antes de teu nascimento, eu já te havia consagrado, e te havia designado profeta das nações" (Jr 1, 4-5).
     O profeta Jeremias, alvo do amor misericordioso de Deus, portanto escolhido, eleito, ouve do Senhor três afirmações que configuram o ser profeta, as quais estão presentes também em São João, o Batista:
     1. Antes de sua concepção (ser formado no seio materno), Deus já o conhecia.
     Este "conhecer" bíblico revela intimidade; aqui, desejo íntimo, um querer de entranhas: o profeta é desejado, querido por Deus, mesmo antes de sua concepção. Ou seja: cada shalomita foi pensado por Deus, foi desejado, foi querido. Deus ansiou pela nossa existência, "vibrou" de alegria no momento de nossa concepção, quando nosso pai e nossa mãe, partícipes na criação, nos conceberam, dando seu "sim" ao plano de Deus de criar um "profeta das nações" (Jr 1, 5).
     2. Antes de seu nascimento, Deus já consagrara o profeta.
     Quando fui consagrado por Deus ? Naquela missa na Catedral Metropolitana de Fortaleza, no dia 12 de abril de 2007 (no meu caso) ? Ou fui consagrado por Deus, separado para ele, antes do meu nascimento ?
     Deus escolheu cada shalomita antes do seu nascimento. No batismo, foi celebrada sacramentalmente esta consagração, e na missa em que afirmamos, perante Deus e a Comunidade, nossas promessas, demos o nosso "sim" a esta consagração, aceitamos a aliança que Deus fizera conosco, foi aprofundado o elo de amor entre Deus e cada shalomita.
     Portanto, Deus esperou vários anos para que cada um de nós abraçasse a consagração, e, às vezes, mesmo depois da missa de consagração, ainda hoje espera e deseja que muitos acolham e vivam plenamente a consagração a esse Deus de amor.
     3. Antes de seu nascimento, Deus o havia designado profeta das nações.
     Bem antes de cada shalomita nascer, Deus quisera para cada um de nós aquilo que dá sentido à nossa vida para sempre: sermos profetas das nações, sermos evangelizadores do mundo.
     É bem significativo para nós este termo "profeta das nações", sobretudo após o nosso reconhecimento pontifício-canônico, que nos tem feito ouvir de bispos, cardeais — da Igreja — que nosso carisma é para o mundo, que nossa terra de missão é o mundo inteiro, que somos chamados e designados por Deus para evangelizar todas as nações da Terra, cada homem e mulher, onde quer que eles estejam.
     Desejados, queridos, consagrados por Deus, nós, que temos o carisma Shalom, fomos designados "profetas das nações", evangelizadores, anunciadores do Cordeiro de Deus, como São João, o Batista. Fomos criados para sermos "a voz do Ressuscitado" que anuncia Jesus Cristo, aquele que perdoa os pecados do homem e da mulher, tão sofridos, tão oprimidos pelo império do ódio, da dor, da morte.
     Pela intercessão de São João, o Batista, peçamos ao Senhor que conceda a cada um de nós shalomitas a graça de reconhecer que "importa que ele (o Cristo) cresça e que eu diminua" (Jo 3, 30), para que as nações contemplem, amem e adorem o Cordeiro de Deus, Jesus, o ressuscitado que passou pela cruz.
     Shalom!
     Álvaro Amorim.
     Consagrado na Comunidade Católica Shalom.
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Imagem: http://ecclesia.com.br/synaxarion/wp-content/gallery/maio/s_joao_batista_terceira_descoberta.jpg

O Espaço da Misericórdia no Halleluya

     Um dos presentes de Deus no Halleluya é o Espaço da Misericórdia. 
    Neste local, de forma toda especial, a misericórdia de Deus tem sido derramada abundantemente.
     O Espaço da Misericórdia, local do Halleluya onde as pessoas recebem oração e aconselhamento, é visitado por uma verdadeira multidão a cada dia do evento. São jovens, casais, pessoas que necessitam de oração, de uma palavra da parte de Deus, de Esperança! O próprio Jesus Eucarístico encontra-se lá, durante todo o tempo em que o local fica aberto (aproximadamente das 17h às 5h).
     Em algumas edições do Halleluya, fui enviado para servir no Espaço da Misericórdia e posso testemunhar a salvação ocorrida na vida de todos aqueles que por ali passaram.
     Acompanhei jovens que chegaram a mim pensando em tirar a própria vida, mas que, pela graça de Deus, tiveram um encontro pessoal com Jesus Cristo e passaram a amar sua vida como dom maravilhoso de Deus. Orei também por casais. Recordo-me de um em especial. O marido me procurou no Espaço da Misericórdia e disse-me que ele e sua mulher iriam se separar naquela noite, que não suportavam mais olhar um para o outro. Não sabiam nem por qual motivo tinham ido ao Halleluya, mas estavam decididos a separarem-se. Chamei os dois, orei por eles, e o Senhor agiu! Eles se reconciliaram, abraçaram-se, choraram muito e, no dia seguinte, estavam lá, curtindo os shows abraçados, namorando! Que graça de Deus! Que salvação!
     Curas, milagres, libertações, salvações têm sido operadas pelo Senhor no Halleluya, e o Espaço da Misericórdia é o coração dessa obra de amor de Deus!
     Neste ano, testemunharemos, com toda a certeza de fé, o Senhor derramando a força que faz viver sobre todos aqueles que estarão no Halleluya 2010, "porque o Senhor é bom, sua misericórdia é eterna e sua fidelidade se estende de geração em geração" (Sl 100(99), 5).
     Shalom!
     Álvaro Amorim.
     Consagrado na Comunidade Católica Shalom.
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Imagem: Sabryna Amorim e Daniela Sindeaux (da direita para a esquerda)
 aconselhando uma jovem no Espaço da Misericórdia do Halleluya 2009.

Halleluya: a festa que nunca acaba!

     Este slogan do Halleluya 2000 é recordado até hoje por muitos! Mas por que se diz que o Halleluya é a festa que nunca acaba ? 
     São cinco dias de alegria, de diversão, de festa mesmo! Jovens, famílias, crianças, pessoas vindas de todo lugar, que se reúnem no CEU (Condomínio Espiritual Uirapuru), em Fortaleza, para cantar, dançar, pular! Expressam com o corpo aquilo que vivem na alma! Ah! Aqui está a resposta: a alegria vem da alma, vem de dentro, por isso é imortal, como a alma humana, por isto não acaba! É uma alegria que não se esvanece com o fim das doses, da noite, da "lombra" ou da "parada"! Não! É algo que eleva a alma para algo maior, melhor! É uma festa que vai ao encontro do desejo de para-sempre existente no coração humano! E, como bem sabemos, só Deus pode saciar este nosso desejo.
     Quem, como eu, já curtiu todo tipo de festa sabe do que estou falando. Basta lembrar o "day-after", ou seja, o dia seguinte. Aí se diferencia aquilo que passa do que permanece.
     E você ? Qual a sua experiência com o Halleluya ? O que marcou você ? 
     Shalom!
     Álvaro Amorim.
     Consagrado na Comunidade Católica Shalom.
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 Imagem: Banda Alto Louvor no Halleluya 2008.

Halleluya: a força que faz viver!

     Com este artigo, inicio uma série sobre o Halleluya, o maior evento católico do Brasil, que ocorre todos os anos no mês de julho, "o Julho da Paz", em Fortaleza.

O individualismo

     Nesta série de posts sobre o crepúsculo dos valores, veremos hoje algo muito presente no homem e na mulher pós-modernos: o individualismo.
     Esta doutrina opõe-se a toda forma de autoridade: Para os seus adeptos, o indivíduo e sua opinião devem ser preponderantes.
     Claramente se vê que muitas pessoas, mesmo sem darem nome a este tipo de comportamento, vivem de forma individualista; jamais vivem para o outro, mas para si mesmas, buscando apenas seus próprios interesses.
     É o oposto do que diz a Emmir Nogueira, em seu artigo “O segredo do KMK”:
     “Colocar-se ‘em comunhão’, dar-se em todas as dimensões do seu ser, sua história, sua vida, seu saber é, na verdade, o sinal de conversão completa e profunda.”
     Somente uma pessoa que faz comunhão de si mesma e de todas as suas realidades de vida é feliz. O fechamento em si mesma gera infelicidade.
     No nosso ministério, não experimentamos uma profunda e verdadeira alegria quando servimos, mesmo se não temos todas as condições favoráveis para o serviço ?
     Qual foi o ministro de cura que não se alegrou ao ver alguém ser curado por Jesus, mediante sua oração ? Mas se ele se fechasse em si mesmo, se se preocupasse consigo mesmo, não poderia ver essa maravilha.
     O individualismo, ao pregar que o indivíduo deve se preocupar consigo mesmo, o que lhe daria felicidade, erra gravemente, pois sabemos que somos felizes à medida em que nos deixamos configurar em Cristo, o servo de todos, aquele que veio para servir e não para ser servido.
     Como é belo ouvir a oração do Moysés Azevedo, sua oração de doação total de si a Deus e aos outros: “Senhor, a ti, tudo o que sou, tudo o que tenho...”
     No nosso ministério, na nossa família, no nosso trabalho, no nosso matrimônio, fazemos dessa oração uma realidade de vida ou a nossa vida é só para nós, para o nosso bem-estar, para a nossa satisfação pessoal ?
     Na nossa família, nós nos doamos àqueles que precisam de nós, às vezes até para serem apenas escutados ?
     No nosso trabalho, nós doamos nossa vida ajudando nossos colegas ou só fazemos as nossas obrigações profissionais ?
     E o mais importante: doamos nossa vida evangelizando as pessoas ou só evangelizamos quando exercemos nosso ministério na Obra Shalom, por exemplo ?
     Peçamos a Jesus, que doou toda a sua vida por cada um de nós, que inflame o nosso coração de parresia para a evangelização, para a doação de nossa vida a Deus e aos outros, para assim sermos felizes!
     Próximo artigo: o sensualismo.
     Shalom!
     Álvaro Amorim.
     Consagrado na Comunidade Católica Shalom.

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Como evangelizar os tomés de hoje ?

     
     O capítulo 20 do Evangelho de Jesus Cristo contado por São João é de uma riqueza infinita para nós que temos o carisma Shalom inscrito em nossos corações. Aí se encontra o núcleo bíblico do Carisma, como ensina o Fundador da Comunidade Católica Shalom, Moysés Azevedo.
     É sobre parte deste capítulo que partilho um pouco com você hoje: Jo 20, 24-29.
     Sempre é bom ler a Palavra de Deus, por isso transcrevo este trecho:
     “Tomé, um dos Doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus. Os outros discípulos disseram-lhe: “Vimos o Senhor.” Mas ele replicou-lhes: “Se não vir nas suas mãos o sinal dos pregos, e não puser o meu dedo no lugar dos pregos, e não introduzir a minha mão no seu lado, não acreditarei!” Oito dias depois, estavam os seus discípulos outra vez no mesmo lugar e Tomé com eles. Estando trancadas as portas, veio Jesus, pôs-se no meio deles e disse: “A paz esteja convosco!” Depois disse a Tomé: “Introduz aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos. Põe a tua mão no meu lado. Não sejas incrédulo, mas homem de fé. Respondeu-lhe Tomé: “Meu Senhor e meu Deus!” Disse-lhe Jesus: “Creste, porque me viste. Felizes aqueles que creem sem ter visto!”.”
     O que ocorreu inicialmente ?
     Como sabemos, Tomé não estivera junto aos outros discípulos quando da aparição de Jesus na tarde daquele domingo que mudou a história da humanidade — o Domingo da Ressurreição de Cristo.
     A cronologia bíblica do Domingo da Vida é a seguinte:
     1. Maria Madalena vai ao sepulcro de manhã cedo (Jo 20, 1).
     2. Madalena relata o fato do túmulo estar vazio a Pedro e João (Jo 20, 2).
     3. Pedro entra na sepultura e vê os panos postos no chão (Jo 20, 6).
     4. Pedro e João voltam para suas casas, pois não haviam entendido ainda a Escritura sobre a ressurreição de Jesus (Jo 20, 9-10).
     5. Maria Madalena permanece no lado de fora do sepulcro (Jo 20, 11).
     6. Jesus aparece a Madalena (Jo 20, 14-16).
     7. Jesus envia Madalena para anunciar a Ressurreição aos outros discípulos (Jo 20, 17).
     8. À tarde, Jesus aparece aos discípulos, entre os quais não se encontrava Tomé (Jo 20, 19).
     9. Os outros discípulos anunciam a Tomé que viram Jesus ressuscitado, mas ele não crê nesse anúncio (Jo 20, 25).
     10. No domingo seguinte, Jesus aparece aos discípulos, incluindo Tomé, o qual finalmente crê e manifesta sua fé no Cristo ressurrecto da forma mais completa e bela de todo o Evangelho: “Meu Senhor e meu Deus!” (Jo 20, 26-28).
     A partir dos dados apresentados pela Sagrada Escritura, podemos então tecer alguns comentários sobre a pessoa de Tomé, fazendo um paralelo com o homem e a mulher de hoje, em vistas de melhor realizarmos o sentido de nossas vidas: evangelizar.
     Vejamos o quadro comparativo:
Tomé
Homem e mulher de hoje
Não está junto à comunidade de fé, fato que o priva do encontro com Jesus ressuscitado.
Rejeitam a Igreja, não a vendo como lugar da presença de Jesus vivo.
Mesmo tendo os outros discípulos lhe anunciado a Ressurreição de Jesus, não crê, assumindo uma postura materialista, cética, com olhar exclusivamente natural.
Necessitam crer que Jesus está vivo no meio de nós. Precisam ter um olhar espiritual e não balizar a verdade apenas pelos limites da ciência, negando a fé, requerendo muitas vezes a comprovação das verdades de fé por meios materiais, através de sinais naturais, fechando-se ao sobrenatural.
     Mas então, veio a grande “virada” na vida de Tomé, seu “turning point”, como diz a Emmir Nogueira, sabedoria esta que deve inspirar quem quer evangelizar o homem e a mulher de hoje. Qual seja: Tomé junta-se aos outros discípulos, à comunidade de fé, o que lhe proporciona experimentar pessoalmente o choque maravilhoso do encontro com Jesus ressuscitado. Tomé faz a experiência que os outros tinham feito e dá um salto qualitativo enorme em sua vida: vai da descrença inicial ao privilégio de tocar o Cristo, deixa a postura de incredulidade e passa a ser homem de fé!
     Portanto, o anúncio de Jesus ressuscitado que passou pela cruz deve necessariamente querer levar os tomés de hoje a terem um encontro pessoal com o Cristo, único meio de transformação do homem e da mulher descrentes, incrédulos, em pessoas de fé, em seres completos, em gente feliz!
     Na verdade, a exigência de Tomé para ver nas mãos de Jesus o sinal dos pregos, pôr seu dedo no lugar dos pregos e introduzir sua mão no lado traspassado de Cristo, não somente revela descrença, mas também esconde, de forma inconsciente, o mais íntimo desejo de toda pessoa humana: tocar o divino, unir-se a Deus.
     A sede desvairada do homem e da mulher hodiernos esconde na realidade uma das mais belas verdades agostinianas: o coração do homem só se aquieta em Deus, isto é, só encontra a paz naquele que é a própria Paz, o Shalom do Pai para a humanidade.
     Com a realização desse encontro, o homem e a mulher de hoje, antes conduzidos pelos “senhores” tiranos do relativismo, do ateísmo e do desamor, passam a ter como único Senhor e Deus de suas vidas aquele que é manso e humilde de coração, que é a própria vida, o Bom Pastor: Jesus Cristo!
     Shalom!
     Álvaro Amorim.
     Consagrado na Comunidade Católica Shalom.

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1 ano do Programa Anúncio da Verdade!


      Meu querido irmão, minha querida irmã, Shalom!
     “Minha alma glorifica ao Senhor, meu espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador!” (Lc 1, 46-47).
     1 ano de graças da parte do Senhor, 1 ano de maravilhas na minha vida, na vida de tantas pessoas, na sua vida, meu irmão, minha irmã!
     Com louvor no coração, olho para trás e vejo cada vez mais que Deus é fiel, que seu amor é para sempre, que “sua misericórdia se estende de geração em geração” (Lc 1, 50). Posso hoje contemplar um maravilhoso plano de salvação de Deus na minha vida, na minha família, na vida de cada pessoa que foi tocada pelo próprio Jesus Cristo, que teve uma experiência pessoal com Jesus ressuscitado, vivo no meio de nós!
     1 ano no ar! 1 ano de graças!
     Recordo agora cada pessoa que o Senhor colocou em meu caminho através do Programa Anúncio da Verdade. Penso nas pessoas que trabalham comigo, que me ajudam a fazer o Programa. Trago ao coração cada ouvinte que testemunhou as maravilhas que Deus tem realizado em sua vida por meio do Programa Anúncio da Verdade!
     Faço, então, minhas as palavras do fundador da Comunidade Shalom, Moysés Azevedo, após o reconhecimento pontifício da Comunidade Católica Shalom: “Gratidão e responsabilidade”.
     Gratidão!
     Gratidão a Deus porque ele “coopera em tudo para o bem daqueles que o amam, daqueles que são chamados segundo o seu desígnio” (Rm 8, 28).
     Gratidão à minha Mãezinha querida, Maria Santíssima, “a Mãe do meu Senhor” (Lc 1, 43), que, como Mãe santa e zelosa, pede a Jesus por mim e pelo Programa constantemente; não descuida um só momento de interceder por cada ouvinte, por suas necessidades, pelos seus “impossíveis”, porque ela, nossa Mãe, sempre soube que “para Deus nada é impossível” (Lc 1, 37).
     Gratidão à Comunidade Católica Shalom, minha família espiritual, que ouve constantemente a voz de Deus para mim, que é cuidado de Deus na minha caminhada, porto seguro que me abastece e me envia para anunciar a Verdade, o Amor, a Paz!
     Gratidão a você, meu querido irmão, minha querida irmã, que intercede por mim, que ora por mim, que ouve o Programa, que evangeliza divulgando o Programa Anúncio da Verdade, que é Benfeitor da Paz, que anuncia Jesus Cristo, o Ressuscitado que passou pela cruz!
     Responsabilidade!
     A missão sempre nos ultrapassa! Por isto, clamo a misericórdia de Deus para mim e para você, a fim de que, sendo “simples servos” (I Cor 3, 5), perseveremos combatendo o bom combate, guardando a fé, e, esperando em Jesus, nosso Senhor e Deus, recebamos a coroa da justiça, que o Senhor, justo juiz, nos dará naquele dia (cf. II Tm 4, 7-8).
     Responsabilidade porque sei que pouco ou nada fiz! Comecemos tudo de novo! Quantas pessoas sofrem porque não conhecem Jesus Cristo! Quantos estão morrendo, com sede de Deus, e não são saciados! Quantos têm fome da Palavra do Senhor, e não são alimentados! Quantos estão nus, despidos de sua dignidade de filhos de Deus, e não são revestidos de misericórdia! Quantos se encontram forasteiros, distantes da casa do Pai, e não são acolhidos! Quantos estão doentes, moribundos, e não são curados! Quantos estão presos, nas cadeias das escravidões, e não são libertados! Em cada um desses irmãos e irmãs, Jesus diz para mim, Álvaro Amorim, e para você: “Tenho fome, tenho sede, estou forasteiro, nu, doente e preso!” (cf. Mt 25, 31-46). Por isto: “Ai de mim, se eu não anunciar o Evangelho!” (I Cor 9, 16).
     É missão! Corramos e anunciemos Jesus Cristo, nosso Senhor e Deus. Assim, com as nossas palavras, que Jesus continue a dizer: “Shalom! A paz esteja convosco!”. Com a nossa vida, que o Senhor continue mostrando suas mãos com as chagas gloriosas e o seu lado aberto, a cada homem e mulher (cf. Jo 20, 19-20).
     Vivamos, então, sempre no Coração de Jesus, traspassado de amor por nós, para sermos constantemente reinseridos no seio da Santíssima Trindade, em quem viveremos um dia por toda a eternidade!      
     Como tão bem nos diz o Moysés, “com nossos corações cheios de desejo, devemos responder dizendo: ‘Sim, Pai, não é fácil, mas eu desejo, eu quero, eu vou. Amém!’.” (Escrito Obra Nova, 12).
     Shalom!
     Álvaro Amorim.
     Consagrado na Comunidade Católica Shalom.
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Vai, Shalom!


Vai, Shalom, semeia a paz, faze a diferença, sê Shalom, sê Paz!
Vai, Shalom, vive a lógica do amor, que ama quando é ofendido, que perdoa quando é humilhado.
Vai, Shalom, vive o que tu tens que viver, como tu és chamado a viver.
Vai, Shalom, com o teu lado ferido, traspassado, com o teu coração ferido, ama teus irmãos e acolhe-os no teu peito.
Vai, Shalom, abaixa-te e lava os pés dos teus irmãos; desce dos teus sicômoros.
Vai, Shalom, espanta os cães que lambem as úlceras dos lázaros e convida estes para cear contigo.
Vai, Shalom, larga a pedra, senta na areia, tem misericórdia e ergue quem é acusado.
Vai, Shalom, visita as isabéis e leva-lhes o Menino.
Vai, Shalom, clama no deserto do coração do homem, anunciando-lhe o Cordeiro de Deus que lhe tira o pecado.
Vai, Shalom, celebra com o Pai a volta do teu irmão que estava longe.
Vai, Shalom, lança as tuas duas moedinhas, partilha tudo o que possuis, tudo o que fazes, tudo o que és.
Vai, Shalom, põe-te no meio dos teus irmãos, e dize-lhes: "A paz esteja convosco!"
Vai, Shalom, sê outro Cristo.
Vai, tu, Shalom: sê Shalom!
Shalom!
Álvaro Amorim. 
Consagrado na Comunidade Católica Shalom.
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Você já proclamou a Ressurreição ?


Certo tempo atrás, participei de um curso de atualização jurídica. Era uma época de muita provação para nós católicos, porque a grande mídia intensificara sua campanha a favor do aborto, especificamente o aborto de crianças portadoras de anencefalia. Todo o País voltou-se para essa discussão nesse tempo. Nesse período, todos os professores desse curso de atualização, sem exceção, por diversas vezes, comentaram em sala de aula sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) acerca daquele famoso pedido de uma mulher para abortar seu filho que sofria de anencefalia (má-formação cerebral). Isto foi quase um mês inteiro de aula! Eu, sentado do meio para o fim da sala, me contorcia na cadeira, me revirava, mas ficava calado, não intervinha, não me metia, não me posicionava. Cada vez que um professor dizia que o STF havia tolhido a liberdade daquela mulher, não autorizando o aborto, que era um absurdo achar que um feto é um ser humano completo, que ele iria morrer mesmo, que contra fatos não há argumentos, e todo aquele discurso arrogante de muitos da nossa classe do Direito, a maioria esmagadora da turma concordava, meneando a cabeça de modo afirmativo. Eu ficava para morrer! Mas morria mesmo no meu silêncio omisso!
Comecei a pensar: “Nesta sala há uma pessoa que carrega no peito um “tau”! Há um shalonzinho! Que é que eu estou fazendo, meu Deus ?!” Fui rezar! Deus foi contundente, direto comigo, como um bom Pai: “Meu filho, proclame a vida, proclame a minha vitória sobre a morte!”
Depois desta, não tive conversa: copiei da seção “Em Defesa da Vida”, do Portal Shalom (www.comshalom.org.), o testemunho da Ana Cecília sobre o dom da vida da Maria Teresa (“A História de Maria Teresa, anencéfala”), incluí um cabeçalho dirigindo esse testemunho para os colegas e professores, tirei fotocópias e distribuí, não só na minha turma, mas também na turma que estava se preparando para o exame da O.A.B.
As mãos gelaram, o estômago parecia a Sibéria, mas proclamei a Ressurreição. No intervalo, a maravilhosa surpresa do Espírito Santo, que converte as almas: colegas vieram elogiar a minha atitude: “Bacana! É isso mesmo! Muito bom o testemunho! Contra fatos não há argumentos!” Todos, sem exceção, respeitaram o testemunho da Ana Cecília. Não houve uma única crítica. Ninguém se posicionou contra. Nunca mais os professores (juiz federal, procurador da Fazenda Pública, advogado criminalista, procurador de justiça) falaram a favor do aborto de anencéfalos em sala de aula. Houve um respeito impressionante. Deus tocara os corações!
Percebi que a grande maioria da turma era católica, inclusive de ir à missa aos domingos, mas era aquele católico “meia banda”, que silencia nessas horas, que, apesar de uma formação cultural e profissional boa, concorda com o primeiro argumento sem questioná-lo; esquece, como profissional do Direito, que a vida é o bem jurídico que deve ser mais protegido pelo Estado, sobretudo nos casos em que ela, por si só, não pode proteger-se.
Convido você, meu irmão, minha irmã, a fazer o mesmo. Pode imprimir o testemunho da Ana Cecília. Falei com ela e com o Jorge, seu esposo, e eles acharam muito bom o que fiz. Dispuseram-se até a ajudar-me se necessário. Faça cópias do testemunho e distribua-o no seu prédio, no seu trabalho, na sua escola, na sua Universidade. Se forem cem pessoas a recebê-lo, você gastará R$10,00, no máximo (um lanche!), e, para essas cem pessoas, a sua evangelização fará a diferença, e assim poderemos dizer para o Ressuscitado que passou pela Cruz: PROCLAMAMOS A VOSSA RESSURREIÇÃO!
Texto distribuído no curso de atualização jurídica, na íntegra:
PARA OS HOMENS E AS MULHERES DO DIREITO, DA JUSTIÇA, DA VIDA!
"A vida é um mistério! Um mistério de amor! Você que me lê agora, só o faz porque alguém o acolheu em seu ventre, respeitou a sua vida. Talvez não soubesse se você era perfeito, porém permitiu sua existência. Alguém "existiu" (em latim existere – sair de si), sua mãe, para que você existisse. Na verdade é a força do amor que nos faz viver.
A vida. Estudamos para compreendê-la melhor, trabalhamos para vivê-la com mais qualidade, debruçamo-nos sobre teorias, argumentações, filosofias, em busca da felicidade. Indago-me por vezes: sabe o homem o que é a felicidade, quando nega a vida? Aborto! Negação da vida. Digo NÃO ao aborto em qualquer circunstância; com a propriedade daquilo que vivi, afirmo a todas as mulheres do mundo: somos geradoras da vida! Nosso ser mais profundo brada esse grito: Vida! Negando-a, você nega a si mesma!
Impressionam-me as vozes femininas que, lamentavelmente, são propagadoras de um falso bem-estar, da eliminação de um "problema", da interrupção de uma gravidez, ou como estão chamando atualmente, da "antecipação do parto" nos casos de crianças anencéfalas. Sinceramente, vivi esta realidade como mãe de Maria Teresa, bebê anencéfalo, nascido no dia 17 de dezembro do ano 2000. Hoje experimento uma liberdade interior surpreendente, consciência limpa e tranqüila diante dos meus filhos e de todos. Com muita liberdade faço conhecer a pequena Maria Teresa, um sinal de esperança na vida, mesmo nas condições das mais adversas.
Tenho outros três filhos, Ana Karine (15 anos), Felipe José (12 anos) e Maria Clara (9 anos). No início do terceiro mês de gravidez, com doze semanas de gestação, fiz um exame denominado translucência nucal, ultrassonografia, que revela se a criança tem alguma síndrome. Foi detectada uma má-formação grave denominada anencefalia (ausência de cérebro). Somente quando o feto já está completamente formado é possível identificar o problema. Era uma menina!
Apesar do impacto da notícia, nem por um momento ventilei a possibilidade de um aborto. Procurei ter o máximo de informações sobre essa má-formação que, segundo a literatura médica, é uma das mais comuns. O bebê vive apenas horas ou, até no máximo, um a dois dias. Minha mãe deu-me o direito de viver e eu daria também a minha filha esse direito, pensava naquele momento. Não sou árbitro da vida. Deus deu, pois que Ele tire quando for a hora. Cabe a mim a missão de acolher a vida, não importando as condições em que ela se apresenta. Ou será que posso abandonar, ou abreviar a vida do filho para o qual a medicina só prevê dias, ou horas, para viver? Dizem alguns que o bebê anencéfalo sofre quando nasce: Será sofrimento maior que ser arrancado aos pedaços no aborto por sucção, onde o feto é literalmente dilacerado?
Minha gravidez transcorreu normalmente. Fiz pré-natal, tomei as medicações necessárias. Interiormente sofria muito, por saber que minha filha não iria viver; mas procurei viver a sabedoria do dia-a-dia! Pensava: Hoje ela está comigo, por isso vou amá-la com todas as minhas forças. Amanhã, bem... Deus cuidará! Maria Teresa nasceu, chorou forte, admiraram-se os médicos. Seu caso foi considerado muito grave, não havia nenhuma proteção de pele em sua cabeça. Aguardávamos a qualquer momento o seu falecimento.
Passaram-se minutos, horas, dias... E a pequena Maria Teresa vivendo... Foi contemplada por muitos, interpelava as consciências. Como seria possível? Com 19 dias, recebemos alta hospitalar e Teresa foi acolhida em seu lar. Foi alimentada inicialmente por sonda, depois tomava leite materno por colherinha e mamava por alguns minutos. Meus outros filhos cuidavam dela, tomavam-na nos braços, ajudavam-me a banhá-la, sabiam que sua vida seria breve, mas aprenderam a respeitá-la e amá-la. Foram preparados, que passariam pela dor da perda, porém com a dignidade que esse mistério comporta.
Aos 29 de março de 2001, Maria Teresa realizou sua páscoa. Uma grande filha de Deus. Em seus breves, mas preciosos dias, exalou vida, sofreu, mas venceu. Mostra isso para mim, para você, para nós todos que o sombrio discurso do aborto é egoísta, significa fechar-se em si mesmo. Você, que é mãe, não se deixe levar pela onda hedonista, desumanizante, que avassala os corações tirando-lhes a possibilidade de experimentar a alegria de dar a vida, de renunciar-se pelo outro, de ver o amor vencer.
Hoje somos uma família muito mais feliz! Rogo a Deus que ilumine a consciência de nossas Autoridades para decidirem em favor da vida, seja ela como for.
Fortaleza, agosto de 2004 (data do testemunho da Ana Cecília)
Ana Cecília Araújo Nunes
Mestra em Educação Brasileira – Universidade Federal do Ceará
Professora da Universidade Estadual do Ceará 
Membro da Comunidade Católica Shalom"

Shalom!
Álvaro Amorim.
Consagrado na Comunidade Católica Shalom.
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