Uma dessas ajudas, pelas quais Deus tem dado a graça a milhões de alcoólicos de viverem sóbrios, é a entidade de Alcoólicos Anônimos, "uma irmandade de homens e mulheres que compartilham suas experiências, forças e esperanças, a fim de resolver seu problema comum e ajudar outros a se recuperarem do alcoolismo" (definição contida no "site" oficial do A.A.).
No "site" dessa entidade, há as "12 perguntas", ponto de partida para o diagnóstico da doença, nas quais nos baseamos para ajudar você ou algum familiar seu na identificação dessa enfermidade. Como já foi dito, é fundamental a humildade. O alcoolismo é uma doença, e assim deve ser encarado e tratado!
1) Você já tentou parar de beber por uma semana (ou mais), e não conseguiu atingir este objetivo ?
Comentário de A.A.: "Muitos de nós "largamos a bebida" muitas vezes antes de procurar A.A. Fizemos sérias promessas aos nossos familiares e empregadores. Fizemos juramentos solenes. Nada funcionou até que ingressamos em A.A. Agora não lutamos mais. Não prometemos nada a ninguém, nem a nós mesmos. Simplesmente esforçamo-nos para não tomar o primeiro gole hoje. Mantemo-nos sóbrios um dia de cada vez."
2) Você se ressente com os conselhos dos outros que tentam fazê-lo(a) parar de beber ?
Comentário de A.A.: "Muitas pessoas tentam ajudar os bebedores-problema. Porém, a maioria dos alcoólicos ressente-se com os "bons conselhos" que lhes dão. (A.A. não impõe esse tipo de conselho a ninguém, mas, se solicitados, contaríamos nossa experiência e daríamos algumas sugestões práticas sobre como viver sem o álcool.)"
3) Você já tentou controlar sua tendência de beber demais, trocando uma bebida alcoólica por outra também alcoólica ?
Comentário de A.A.: "Sempre procurávamos uma fórmula "salvadora" de beber. Passamos das bebidas destiladas para o vinho e a cerveja. Ou confiamos na água para "diluir" a bebida. Ou, então, tomamos nossos goles sem misturá-los. Tentamos ainda beber somente em determinadas horas. Porém, seja qual for a fórmula adotada, invariavelmente acabamos embriagados."
4) Você tomou algum trago pela manhã nos últimos doze meses ?
Comentário de A.A.: "A maioria de nós está convencida (por experiência própria) de que a resposta a esta pergunta fornece uma chave quase infalível sobre se uma pessoa está ou não a caminho do alcoolismo, ou já se encontra no limite da "normalidade" no beber."
5) Você inveja as pessoas que podem beber sem criar problemas ?
Comentário de A.A.: "É óbvio que milhões de pessoas podem beber (às vezes muito) em seus contatos sociais sem causar danos sérios a si mesmos, ou a outros. Você parou alguma vez para perguntar-se por que, no seu caso, o álcool é, tão frequentemente, um convite ao desastre ?"
6) Seu problema de bebida vem se tornando cada vez mais sério nos últimos doze meses ?
Comentário de A.A.: "Todos os fatos médicos conhecidos indicam que o alcoolismo é uma doença progressiva. Uma vez que a pessoa perde o controle da bebida, o problema torna-se pior, nunca desaparece. O alcoólico só tem, no fim, duas alternativas: (1) beber até morrer ou ser internado num manicômio, ou (2) afastar-se do álcool em todas as suas formas. A escolha é simples."
7) A bebida já criou problemas no seu lar ?
Comentário de A.A.: "Muitos de nós dizíamos que bebíamos por causa das situações desagradáveis no lar. Raramente nos ocorria que problemas deste tipo são agravados, ao invés de resolvidos, pelo nosso descontrole no beber."
8) Nas reuniões sociais em que as bebidas são limitadas, você tenta conseguir doses extras ?
Comentário de A.A.: "Quando tínhamos de participar de reuniões deste tipo, ou nos "fortificávamos" antes de chegar, ou conseguíamos geralmente ir além da parte que nos cabia. E, frequentemente, continuávamos a beber depois."
9) Apesar de prova em contrário, você continua afirmando que bebe quando quer e pára quando quer ?
Comentário de A.A.: "Iludir a si mesmo parece ser próprio do bebedor-problema. A maioria de nós que hoje se encontra em A.A. tentou parar de beber repetidas vezes sem ajuda de fora, mas não conseguiu."
10) Você faltou ao trabalho durante os últimos doze meses por causa da bebida ?
Comentário de A.A.: "Quando bebíamos e perdíamos dias de trabalho na fábrica ou no escritório, frequentemente procurávamos justificar nossa "doença". Apelamos para vários males para desculpar nossas ausências. Na verdade, enganávamos somente a nós mesmos."
11) Você já experimentou alguma vez "apagamento" durante uma bebedeira ?
Comentário de A.A.: "Os chamados "apagamentos" (em que continuamos "funcionando" sem contudo podermos lembrar mais tarde o que aconteceu) parecem ser um denominador comum nos casos de muitos de nós que hoje admitimos ser alcoólicos. Agora sabemos muito bem quais os problemas que tivemos nesse estado "apagado" e irresponsável."
12) Você já pensou, alguma vez, que poderia aproveitar muito mais a vida se não bebesse ?
Comentário de A.A.: "A.A., em si, não pode resolver todos os seus problemas. No que se refere, porém, ao alcoolismo, podemos mostrar-lhe como viver sem os "apagamentos", as ressacas, o remorso ou o desconsolo que acompanham as bebedeiras desenfreadas. Uma vez alcoólico, sempre alcoólico. Portanto, nós em A.A. evitamos o "primeiro gole". Quando se faz isto, a vida se torna mais simples, mais promissora e muitíssimo mais feliz."
Resultado: Você respondeu "sim" quatro vezes ou mais ? Se isto aconteceu, é provável que você tenha um problema sério de bebida, ou poderá tê-lo no futuro.
Comentário de A.A.: "Por que dizemos isto ? Somente porque a experiência de milhares de alcoólicos recuperados nos ensinou algumas verdades básicas a respeito dos sintomas do alcoolismo, e de nós mesmos. Você é a única pessoa que poderá dizer, com certeza, se deve ou não procurar o A.A. Se a resposta for "sim", teremos satisfação em mostrar-lhe como conseguimos parar de beber. Se ainda não puder admitir que você tem um problema de bebida, não faz mal. Apenas sugerimos que você encare sempre a questão com mentalidade aberta. Se algum dia você precisar de ajuda, teremos a satisfação em recebê-lo(a) em nossa irmandade."
Por fim, repasso o endereço e os telefones de A.A. em Fortaleza, retirados do citado "site" dessa entidade: Rua do Rosário, 94, Altos, CEP 60.055-090, telefones: (85) 3231.2437 / 3253.7006 (www.aaceara.org.br).
Nos próximos "posts", escreverei um pouco mais sobre alcoolismo, para que, anunciando a Verdade, o Senhor opere sua libertação!
Shalom!
Álvaro Amorim.
Consagrado na Comunidade Católica Shalom.
Imagem: http://www.sxc.hu/photo/1046397
2 Comentários:
Primeiramente quero parebenizar pelo trabalho de vcs, ouvimos falar muito sobre o alcoólismo, mas a verdade que quando nos deparamos com um problema desses, não sabemos por onde começar.
Namoro uma pessoa há três meses, e ele bebe muito e todos os dias, até em tão achava que era normal, mas tenho observado que as coisas estão saindo do controle, ele é muito especial, e gostaria de ajudar ele de alguma maneira. Ele é um empresário bem sucedido, e mesmo que não venhamos a dar certo, quero que ele fique bem! Ele é pai de duas crianças que amam a ele. Por favor! Me ajudem! Como posso ajudá-lo? Deus continui fortalecendo a cada um de vcs.
Querida Fabiana,
Bendito seja Deus que nos faz evangelizar, anunciar o Ressuscitado que passou pela cruz, que vence toda morte, que está vivo e nos liberta de todo mal!
Em relação ao seu namorado, por não conhecer a realidade dele pessoalmente, não posso dar algum direcionamento pessoal, diretamente para ele.
Todavia, seria importante, com caridade, pedir que ele leia a série de artigos sobre o alcoolismo publicada neste blog.
O primeiro passo para a sobriedade é convencer-se humildemente de que se tem problema com álcool. Por isto, só depende dele! Você não é responsável pela sobriedade dele, por mais que o ame! O que você pode fazer é interceder para que ele admita que é doente alcoólico (se ele for mesmo).
Admitida a doença, ele pode procurar um grupo de A.A. próximo, através do telefone que se encontra no site oficial de A.A., o qual está no blog também.
Oro a Jesus por você, para que ele lhe conceda o dom do discernimento e da sabedoria.
Deus a abençoe sempre!
Shalom!
Álvaro Amorim.
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