Sobre a doação de órgãos, diz a Santa Mãe Igreja:
“Ao falarmos sobre a morte cerebral de uma pessoa, imediatamente nos remetemos à doação e ao transplante de órgãos. A Igreja vê os transplantes de órgãos como uma conquista muito importante da ciência: “Os transplantes são uma grande conquista da ciência ao serviço do homem e nos nossos dias não são poucos aqueles que devem a própria vida ao transplante de um órgão. Portanto, a técnica dos transplantes revela-se cada vez mais como um instrumento precioso na consecução da finalidade primária de toda a medicina: o serviço à vida humana” (Discurso do Santo Padre João Paulo II aos Participantes no XVIII Congresso Internacional sobre os Transplantes, 29 de agosto de 2000, 1).
O Servo de Deus João Paulo II também ressaltou que, na doação de órgãos, o homem realiza um grande gesto de partilha, contribuindo assim na cultura da vida: “Além dos fatos clamorosos, existe o heroísmo do quotidiano, feito de pequenos ou grandes gestos de partilha que alimentam uma autêntica cultura da vida. Entre estes gestos, merece particular apreço a doação de órgãos, feita segundo formas eticamente aceitáveis, para oferecer uma possibilidade de saúde e até de vida a doentes, por vezes já sem esperança” (Evangelium Vitæ, 86).”[1]
Portanto, a Igreja é favorável à doação de órgãos. Obviamente, as formas eticamente inaceitáveis de doação e transplante de órgãos são:
· A doação mediante qualquer recompensa, financeira ou não, o que configura em venda de órgãos;
· A falta de conscientização da pessoa que se tornará, após sua morte, doadora de órgãos e de sua família sobre os processos implicados na doação de órgãos;
· A doação de órgãos antes da certificação da morte do paciente, morte esta que se dá com a cessação total e irreversível de toda a atividade encefálica;
· A doação de órgãos de forma discriminatória (por exemplo, baseada no sexo do receptor, na sua capacidade de trabalho, na sua idade, raça, religião, condição social etc.).
Shalom!
Álvaro Amorim.
Consagrado na Comunidade Católica Shalom.
[1] Germana Perdigão. Bioética, a defesa da vida!, Edições Shalom, Fortaleza, 2005, pp. 167-168
Imagem: http://www.sxc.hu/photo/391479
4 Comentários:
Oi Álvaro,
com muita alegria volto a comentar no blog, desta vez para louvar a Deus pela Santa Mãe Igreja, que como corpo de Cristo nos mostra que não nega nada daquilo que é para o bem do homem.
Sem contar na beleza do ato da doação de órgãos, que devolve a dignidade e a saúde àqueles que são beneficiados e o consolo às famílias que consentem com a doação, por terem a certeza de que vidas foram salvas por este ato.
Realmente é algo divino!
Um grande abraço.
Shalom!
Querido Emmanuel,
Realmente, a Igreja, que é perita em humanidade, mostra-nos a Verdade sobre a vida humana.
Roguemos ao Senhor que toque os corações dos familiares de pessoas falecidas para abrirem-se à bela doação de órgãos!
Shalom!
Álvaro Amorim.
Consagrado na Comunidade Católica Shalom.
Olá Emanuel,
Sem dúvidas a doação de órgãos é um ato de solidariedade e amor ao próximo que salva vidas. É sempre importante lembrar que para ser doador de órgãos não é preciso deixar nada por escrito. Basta conversar com a família sobre sua vontade de doar.
Para mais informações: comunicacao@saude.gov.br
Ministério da Saúde
Meu caro irmão em Cristo (quem escreveu "Ministério"),
Realmente, a Igreja sempre incentivou a justa doação de órgãos, por isso é bom conversarmos com nossos familiares sobre isto, com tranquilidade, pela fé na Ressurreição.
Espero também que o Ministério da Saúde passe a amar e valorizar a vida, desde o seu início até o seu ocaso naturais. Rezo por nossas autoridades, para que sejam instrumentos do amor, da vida e não da morte, inclusive de seres humanos no estágio embrionário ou fetal!
Shalom!
Álvaro Amorim.
Consagrado na Comunidade Católica Shalom.
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